Escolhas da Semana
09.12.2023
actualizado a 10.12.2023 (14h).
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Imagem retirada do nº 6932 deste catálogo.
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8944 - ALBUM DU PORTUGAL. Porto. Jose Cierco Editeur. s.d. [1890]. 1fl. desd. [21 pp.]. 23 cm x 15, 3 cm. E.
Bonito álbum de Portugal (e das antigas colónias portuguesas) onde podemos encontrar imagens de diversas cidades, vilas e localidades como Lisboa, Sintra, Cascais, Carcavelos, Évora, Vila Viçosa, Tavira, Portimão, Estoi, Vila Real de Santo António, Portimão, Pomarão, Monchique, Tomar, Abrantes, Batalha, Alcobaça, Portalegre, Covilhã, Figueira da Foz, Coimbra, Caldas da Rainha, Luso, Vila da Feira, Arouca, Viseu, Porto, Gaia, Matosinhos, Leça, Espinho, Póvoa de Varzim, Viana do Castelo, Valença, Guimarães, Vizela, Braga, Gerês, Régua, Vesúvio, Lamego, Bragança, Madeira, Açores, São Tomé, Cabo Verde, Luanda, Lourenço Marques, etc. Encadernação editorial em tela. Interior em muito bom estado de conservação. VENDIDO. |
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5579 - Aranda y Sanjuan, Manuel – MISTERIOS DEL MAR. Barcelona. Montaner y Simon Editores. 352 pp. 24 cm x 15, 5 cm. E.
Curioso livro de história natural que trata do mar desde a sua formação, até às suas marés e outras características particulares, passando pela fauna e flora que alberga sem esquecer os fenómenos humanos a ele associados (como a navegação, a pesca, etc). Ilustrado com dezenas de gravuras inseridas no texto e com 6 gravuras extratexto (sendo que a primeira, que abre o volume, é uma cromolitografia). Encadernação editorial. Sem sobrecapa. Interior em bom estado geral de conservação. Preço: 30 euros. |
8841 - Arnoso, Conde de – VILLA VIÇOSA. Porto. Typ. de A. J. Silva Teixeira Herd. 1904. [28pp.] 33 cm x 21, 5 cm. E.
Separata da “Arte e a Natureza em Portugal” dedicada a Vila Viçosa. Texto da autoria de Bernardo Pinheiro Correia de Melo (1855 – 1911), 1º Conde de Arnoso e fotografias de Emilio Biel (1838 – 1915). Com 6 fotografias extratexto (onde se encontra uma panorâmica de Vila Viçosa, fotos do Palácio e da Igreja Matriz). Encadernação de boa qualidade com a lombada e cantos em pele. Lombada com nervuras. Título e autor inserido em dourado nas casas. Com ex-libris de D. Telmo de Bragança. Com capas de brochura. Capas um pouco manchadas. Margens das fotos com defeitos (que não comprometem as fotografias). Restante interior em bom estado geral de conservação. Preço: 60 euros. RESERVADO. |
8634 - Arraez, Duarte Madeira; Henriques, Francisco da Fonseca (adapt.) – MADEIRA ILLUSTRADO. METHODO DE CONHECER, E CURAR O MORBO GALLICO, COMPOSTO PELO DOUTOR DUARTE MADEIRA ARRAEZ, PHYSICO MOR DEL REY D. JOAM IV. REFORMADO AO SENTIR DOS MODERNOS…PELO DOUTOR FRANCISCO DA FONSECA HENRIQUES NATURAL DE MIRANDELLA, MEDICO DO SERENISSIMO REY DE PORTUGAL D. JOÃO V. COM HUMA DISSERTAÇÃO DOS HUMORES NATURAES DO CORPO HUMANO…Lisboa. Na Officina de Domingos Gonsalves. 1751. (6) – 392 pp. 28, 5 cm x 19 cm. E.
Quinta edição desta importante obra do médico Duarte Madeira Arraez (m. 1652), natural de Moimenta da Beira e “Physico Mor Del Rey D. João IV”. A edição aqui apresentada encontra-se ampliada com os comentários e reforma do médico Francisco da Fonseca Henriques (1665 – 1731), conhecido por Doutor Mirandela (por ser natural dessa cidade transmontana). O Dr. Francisco da Fonseca Henriques comenta e actualiza a obra de Arraez, uma vez que apresenta o livro como estando “reformado ao sentir dos modernos”. A obra versa sobre o “morbo gallico” (sífilis) e abre com uma curiosa explicação sobre a origem do nome da doença que, ao jeito de um “passa- culpas”, é sempre imputada a estrangeiros: “Os dous famosos exércitos dos Reys Catholicos de Esapanha e Carlos VIII, que em Napoles estavam pelos annos (…) de 1493, [quando] apareceu o Morbo Gallico, até aquelle tempo incógnito à Europa (…). E por esta ocasião (…) lhe chamaram os franceses Morbo Hispano imaginando que os espanhoes lho pegaram e os espanhoes Gallico, cuidando que procedera dos Francezes e outros Neapolitano, porque em Nápoles aparecera. Os Alemães Sarna Espanhola (…). Muitos lhes chamaram Sarampão da India porque das Indias veyo como adiante mostraremos. Outros Bruna Lues (…) pelo verem pela primeira vez naquelas terras (…) os Malvares chamaram-lhe Pua (…). Os das Ilhas Malucas (…) Bexiga grande ou Indica (…). Fracattorio Syphilide que, como nota Fallopio, significa amizade e conversação (…)”. Terminada a obra de Arraez sobre o “Morbo Gallico” segue-se a “Dissertação única dos humores naturaes do corpo humano escrita pelo Doutor Francisco da Fonseca Henriques” que, desta forma, aproveitou a boleia do “Morbo” para publicar um trabalho de natureza mais abrangente onde expunha as suas teorias sobre os “Humores” (“sangue, chylo, lympha, a clorea, o succo pancreático e o succo nervoso”). Encadernação antiga inteira de pele. Lombada com rótulo vermelho (já esbatido) com o título, nervuras e casas decoradas com ferros dourados. Pequeno restauro na folha de rosto. Interior manuseado, com acidez e com pequenos defeitos. Raro. Preço: 250 euros. |
8354 - Baião, António (org. e prefácio) – HISTÓRIA QUINHENTISTA (INÉDITA) DO SEGUNDO CÊRCO DE DIO…Coimbra. Imprensa da Universidade. 1927. LXIII – 354 pp. 23, 5 cm x 14, 5 cm. B.
“História quinhentista (inédita) do Segundo Cêrco de Dio ilustrada com a correspondência original, também inédita, de D. João de Castro, D. João de Mascarenhas e outros, publicada e largamente prefaciada por António Baião Sócio efectivo da Academia das Sciencias de Lisboa”. Em brochrura. Pico de traça que das primeiras XLVIII páginas sem tocar o texto. Manchas ténues no pé das páginas. Preço: 30 euros. |
8877 - O BIBLIOPHILO – MISCELLANEA POETICA E LITTERARIA. Nº1-Nº2. Porto. Godinho de Castro – Editor. 1907 – 1909. 29 pp; 30 pp. 20,3 cm x 14,1 cm. (medidas do Nº1). B.
Curiosa revista literária cujo primeiro número é ocupado inteiramente por uma nota biográfica de Almeida Garrett e o segundo número apresenta um conjunto de textos de Camilo Castelo Branco e um outro de Pinho Leal (sobre Camilo). Das poesias de Camilo merece destaque o “Canto VI do poema inédito intitulado «Extermínio d’Inglaterra»”. Exemplares com capas de brochura (contracapa do nº 1 com alguns defeitos). Interior com alguma acidez mas em bom estado geral de conservação. Raro. Preço: 38 euros. |
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6848 - [ESPANHA. TRABALHO PIONEIRO] - Cean Bermudez, Agustin - DICCIONARIO HISTORICO DE LOS MAS ILUSTRES PROFESORES DE LAS BELLAS ARTES EN ESPAÑA…Madrid. En La Imprenta de La Viuda de Ibarra. 1800. 6 Volumes. LX - 384 pp; 365 pp; 286 pp; 397 pp; 353 pp; 384 pp. 16 cm x 10 cm. E.
Importante trabalho (o primeiro do género na Península Ibérica) em que é criado um Dicionário Histórico onde é traçado o perfil biográfico e artístico dos pintores, escultores, desenhadores e outros artistas espanhóis. O autor desta obra, Juan Agustín Ceán Bermúdez (1749 - 1829) foi um importante académico e pintor espanhol. Conviveu com as principais figuras do mundo da arte do seu tempo sendo, inclusive, retratado por Goya, de quem era amigo. Para além das notas biográficas e do perfil artístico de cada um dos biografados houve também a intenção por parte do autor de, sempre que possível, tentar referenciar as obras dos artistas e o local em que se encontram. Encadernações com a lombada e cantos em pele verde, decorada com dourados. Páginas tintadas a amarelo. Interior de todos os volumes em muito bom estado de conservação. Raro. Preço: 450 euros. |
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8923 - Chagas, Álvaro Pinheiro - O MOVIMENTO MONÁRQUICO.
Porto. Editores Leitão & Ca. 1913. 2 vol. 164 pp.;168pp. 17, 5cm x 11 cm. E. Obra de natureza memorialista do jornalista Álvaro Pinheiro Chagas, onde é narrada a sua visão do “28 de Janeiro” e do “5 de Outubro” (no primeiro volume),e contada a história do jornal monárquico “Correio da Manhã” e da sua destruição que descreve nas seguintes linhas: "no dia 8 de Janeiro de 1911 “em meio da mais completa indiferença da população de Lisboa (…)um dos batalhões de voluntários republicanos, tendo à sua frente um oficial do exército, [foi] assaltar a redacção do jornal, destruindo o mobiliário e o material typographico, façanha esta ainda hoje impune, e que foi coroada pela prohibição por parte das auctoridades de que se continuasse a publicação da folha”. Encadernação de época com alombada em pele. Apresenta um selo colado na encadernação (relativo à catalogação do livro em biblioteca particular). Sem capas de brochura. Interior em bom estado de conservação. VENDIDO. |
8556 - Cinatti, Ruy – IMPORT-EXPORT. Lisboa. [Editora Meridiano?]. 1974. 36 pp. 21, 4 cm x 15, 7 cm. B.
junto com O A FAZER, FAZ-SE. Lisboa. [Editora Meridiano?]. 1974. 39 pp. 21, 4 cm x 15, 7 cm. B. Dois livros de poesias de Rui Cinatti (1915 – 1986) aqui apresentados na sua primeira edição. Estas obras são marcada pelo clima político e social vivido após o 25 de Abril, sendo o “Import-Export” apresentado como uma “memoria descritiva & caderno de encargos dos Factos, Argumentos, Suposições, Hipóteses, Boatos, Etc. que os pós-tempos do 25 de Abril estão suscitando a muitos Portugueses e Estrangeiros (…)”. Capas de “Import-Export” manchadas. Com carimbo da “Editora Meridiano” na contracapa de ambos os volumes. Interior em bom estado geral de conservação. Preço: 38 euros. |
8513 – Claflin, Tenessee (Viscondessa de Monserrate) - ESSAYS ON SOCIAL TOPICS BY LADY COOK. London. The Roxburghe Press. [1895?]. 158pp; 126 pp; 20, 3 x 13 cm. E.
Interessante obra de Lady Cook (Tenesse Claflin, Viscondessa de Monserrate), onde que a autora, conhecida pelas suas posições reformistas e sufragistas aborda, entre outros, os seguintes tópicos: Ideal woman; Virtue; Maternity; Aid for the poor; Short History of marriage; True love; Should the poor marry?; Degradation of the sexes; Lover’s gifts, etc. O projecto de edição, anunciado no início da obra, dá nota da publicação de IV volumes, encontrando-se o V e VI volumes em preparação. O exemplar aqui apresentado reúne apenas os volumes I a III. Contudo, do que foi possível apurar, só estes volumes (I a III) terão sido efectivamente publicados. A obra abre com um retrato da Viscondessa de Monserrate e do 1º Visconde de Monserrate (Francis Cook), a quem a obra é dedicada. Encadernação editorial em tela um pouco manchada (ver imagem). Primeiras duas páginas um pouco sujas. Vestígios acidez provocada por ferrugem nas páginas 2/3 da “Third series”, fruto do agrafo usado para unir os volumes. Restante interior em bom estado de conservação. Raro. Preço: 80 euros. |
8897 - [HERÁLIDICA] - Cros, João du – LIVRO DO ARMEIRO MOR. Lisboa. Academia Portuguesa de História. 1956. 291 pp. 30, 8 cm x 23 cm. E.
Primeira edição da publicação deste valioso manuscrito heráldico, com estudo introdutório de António Machado de Faria. A obra contém, entre outros, os seguintes capítulos: Introdução: Heráldica Portuguesa, Monumentos Heráldicos, A Iluminura Heráldica, Valor Histórico e Jurídico dos Monumentos Heráldicos. O Livro Grande: Descrição e História, Fins e Detentores do Livro, Análise Heráldica, Descrição das Armas da Nobreza de Portugal. Reprodução do Códice. Edição de 500 exemplares. Com caixa editorial (com defeitos). Encadernação editorial com sobrecapa. Interior em bom estado geral de conservação. Preço: 200 euros. RESERVADO. |
207 – DEZ NOVELAS DEZ NOVELISTAS. Lisboa. Col. Amanhã. 1934. 285 págs. 18,5cm x 12, 5 cm. E.
Primeiro volume (não sabemos se houve mais) desta colecção que neste capítulo conta com obras dos seguintes autores: José Rodrigues Migueis (com um dos seus primeiros contos “A Mancha não se apaga”), Augusto Ricardo, Hugo Rocha, Artur Inês, Fausto Duarte, Augusto Pinto, Guedes de Amorim, Julião Quintinha, Humberto Ribeiro e Artur Portela. Encadernação com a lombada e cantos em pele. Sem capas de brochura. Assinaturas de posse na folha de rosto. Interior em bom estado geral de conservação. Preço: 14 euros. RESERVADO. |
8987 - DICCIONÁRIO ABREVIADO DA FÁBULA. Paris. Typographia de Pillet Fils Ainé. 1860. 431 págs. 13cm x 8, 5 cm. E.
Curiosíssima obra com inúmeras entradas sobre divindades clássicas, pagãs, elementos e esoterismo “para inteligencia dos autores antigos, dos painéis e das estátuas, cujos argumentos são tirados da História Poética”. Exemplar encadernado. Encadernação inteira de pele. Com defeito à cabeça da lombada. Com manchas à cabeça da folha de rosto e das primeiras páginas. Interior um pouco manuseado mas em bom estado geral de conservação. Preço: 25 euros. RESERVADO. |
8546 - Faria, Manuel Severim de – VARIOS DISCURSOS POLITICOS POR MANUEL SEVERIM DE FARIA CHANTRE, E CONEGO NA SÉ DE EVORA FINALMENTE REIMPRESSOS POR JOAQUIM FRANCISCO MONTEIRO DE CAMPOS COELHO, E SOUZA. Lisboa. Na Officina de Antonio Gomes. 1791. 362 pp. 15, 2 cm x 9, 5 cm. E.
Segunda edição desta obra (publicada originalmente em 1624), dada à estampa por Joaquim Francisco Monteiro de Campos Coelho e Sousa. Conhecido por ser um dos primeiros periodistas portugueses e um dos primeiros biógrafos de Camões, Severim de Faria ganhou notoriedade não só pelos factos supracitados, mas também por algumas posições políticas controversas na sua época, nomeadamente a de fixar a Corte em Lisboa (recordemos que a primeira edição desta obra é de 1624 e que Portugal se encontrava então unido a Espanha sob a coroa dos Habsburgo). Nesta obra podemos encontrar para além da posição quanto à Corte, as biografias de João de Barros, de Diogo do Couto, de Luís de Camões e diversos capítulos curiosos como “Da origem e da antiguidade das vestes que usa por habito eclesiástico o Clero de Portugal” ou “Com que condições seja louvável o exercício da Caça”. Sobre Manuel Severim de Faria retiramos o o seguinte do “Diccionario Bibliographico Portuguez” (Inocêncio 1858 vol. VI: 106 - 108): “Presbytero, Mestre em Artes e Doutor em Theologia pela Universidade d'Evora; Conego e Chantre na egreja catedral da mesma cidade, pela renuncia que n'elle fizera, seu tio Balthasar de Faria Severim (vej. no Diccionario, tomo i, o artigo D. Rasilio de Faria) em 1608 e 1609. — N. em em Lisboa no anno de 1583, e tendo renunciado as duas prebendas em seu sobrinho Manuel de Faria Severim em 1639, in. de ictericis, complicada com outras enfermidades, a 25 de Septembro de 1655 (dizem outros que a 16 de Dezembro d'esse anno) quando contava de edade 72 annos .— Vej. a sua biographia á frente das Noticias de Portugal da edição de 1740, e o artigo que a seu respeito escreveu o sr. J. H. da C. Rivara, publicado na Revista Lilteraria do Porto, tomo m, a pag. 353 e seguintes; no qual, além de várias noticias, se contém a narrativa da trasladação solemne que em 1839 se fez para a egreja cathedral dos ossos d'este, e do outro não menos celebre escriptor eborense André de Resende; demonstração realisada por diligenciase esforços de uma commissão, especialmente nomeada pela câmara municipal respectiva, e com a efficaz cooperação do sr. Manuel Alves do Rio, administrador geral que então era d'aquelle districto (…)” Exemplar encadernado. Encadernação inteira de pele mosqueada. Pastas com pequenos defeitos. Assinatura de posse antiga (rasurada) na folha de rosto. Interior em bom estado geral de conservação. Preço: 150 euros |
8974 - Fenykovi, José, ANGOLA NO VISOR DA MÁQUINA FOTOGRÁFICA E DA CARABINA. Lisboa. Edições Diana. 1958. 431 pp. 24 cm x 18 cm E.
É esta uma das mais notáveis obras sobre caça em Angola, repleta de fotografias e desenhos sobre caça e sobre os costumes locais. Ao longo do texto são descritas as aventuras de José Fenykovi que percorre Angola em busca das diferentes peças de caça que procura, oferecendo ao leitor uma detalhada descrição da fauna cinegética bem como dos locais onde vai passando. Encadernação inteira de pele. Carminado. Sem capas. Um pouco aparado à cabeça e, por vezes, muito aparado ao pé e na margem direita. Interior em muito bom estado de conservação. Preço: 90 euros. RESERVADO. |
8958 - Fogaça, Braz – OS MARIALVAS. REFLEXÕES DE BRAZ FOGAÇA. Lisboa. Lallemant Frères. 187. 78 págs. 19 cm x 11, 2 cm. E.
Curioso livro de crítica social e de costumes em que é dada particular atenção a uma certa burguesia e aristocracia ociosa que o autor identifica como “Os Marialvas”… Braz Fogaça é o pseudónimo de José Joaquim Gomes de Brito (1843 – 1924), conhecido olisipógrafo. Com capas de brochura. Contracapa com rasgão e outos pequenos defeitos. Manuseado. Preço: 14 euros. |
8980 - Freitas, António Gregorio de – NOVO DICCIONARIO DA MARINHA DE GUERRA E MERCANTE CONTENDO TODOS OS TERMOS MARITIMOS, ASTRONOMICOS, CONSTRUCÇÃO E ARTILHERIA NAVAL. COM UM APENDICE INSTRUCTIVO DE TUDO QUE DEVVE SABER A GENTE DO MAR. DEDICADO A SUA ALTEZA O SENHOR INFANTE D. LUIZ FILIPPE, CAPITÃO-TENENTE DA MARINHA PORTUGUESA…Lisboa. Imprensa Silviana. 1855. 556 – (4) pp. 18, 5 cm x 11, 5 cm. E .
Obra da autoria de António Gregório de Freitas (Lisboa, 1791 – 1876)), Contra-Almirante da Armada, poeta e maçon (rito irlandês). Em 1816 era já Tenente da Armada e terá combatido pelo campo liberal, o que lhe valeu nas décadas seguintes diversas promoções e condecorações. No rosto desta obra apresenta-se como “Cavalleiro das Ordens de Christo, S. Bento de Aviz, e Nossa Senhora da Conceição de Villa Viçosa”, tendo obtido todas estas distinções entre 1820 e 1830. Foi autor de algumas obras poéticas e de tratados sobre a arte de navegar, roteiros das costas de Portugal e do Maranhão e um livro sobre a Maçonaria. Este seu “Diccionario” abre com a dedicatória ao Infante D. Luís, passando de seguida a uma nota sobre a “Marinha Portugueza”, seguindo-se o dicionário propriamente dito que é complementado por um dicionário de “synonimos marítimos” e com vários capítulos dedicados a pesos, medidas, cálculos astronómicos, informações sobre direito naval destinadas aos comerciantes, etc. Com um desdobrável intitulado “Mappa em que se vêem o numero de Pollegadas que devem ter o aparelho e as amarras, o peso das ancoras e o comprimento dos mastros e vergas, para qualquer navio de 20 até 50 pés de boca”. Encadernação inteira de pele. Interior em bom estado geral de conservação. Raro. Preço: 60 euros. RESERVADO. |
8971 - Galvão, Henrique – ANTROPÓFAGOS. Lisboa. Editorial Jornal de Notícias. 1947. 330 pp. 22, 5 cm x 16 cm. E.
Obra de Henrique Galvão (1895 – 1970) relativa a “matéria bastante sensacional” onde é tratada a história da antropofagia na Europa, Oceânia e África, bem como alegadas práticas antropofágicas em Angola. São de destacar os capítulos sobre “antropofagia e Seitas Secretas” e “Uma Seita Secreta Actual”. O livro contém diversas fotos dos diferentes povos angolanos e ilustrações de José Rua. Encadernação com a lombada e cantos em pele. Aparado à cabeça. Conserva as capas de brochura. Interior com alguma acidez mas em bom estado geral de conservação. Preço: 50 euros. |
8948 - Grainha, Manuel Borges - OS JESUÍTAS. Porto. Typ da Empreza Litteraria e Typographica. 1891. 374 págs. 17.5cm. E.
Obra, marcadamente anti-clerical foi escrita na sequência do célebre “Caso das Trinas”, um caso marcante do final do século XIX pois havia a suspeita que uma noviça (Sara de Matos) teria sido violada e, de seguida, morta por envenenamento. Encadernação sintética. Exemplar muito estimado. Contém assinatura de posse na folha de rosto. Apresenta um selo colado na encadernação (relativo à catalogação do livro em biblioteca particular). Interior em bom estado de conservação. VENDIDO. |
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8395 - [ÁFRICA. CHINA. JAPÃO. SÉCULO XVI] - Huysmannus, Gulielmus (ed.) - NARRATIONES RERUM INDICARUM EX LITTERIS PATRUM SOCIETATIS JESU. Lovanii. Ex. Officina Joan Masii, sub vriridi Cruce. 1589. 142 pp. 15 cm x 9 cm E.
a-h//8; i//7 Obra coligida e traduzida por Gulielmus Huysmannus (m. 1613), Professor na Universidade de Lovaina. Neste livro Huysmannus reúne a descrição do naufrágio relatado pela pena do Padre Pedro Martins e algumas cartas da Companhia de Jesus relativas aos assuntos da China e do Japão. Após a “Epistola Nuncupatoria” que abre o livro, começa a descrição do Padre Pedro Martins de uma viagem e naufrágio na costa de Moçambique (em que são feitas referências às regiões de Sofala e Quelimane e à Etiópia e a Ormuz). Alguns dos náufragos, chegados a terra, encontraram o nobre português Francisco Brochado, ali residente, que os viria a salvar. A narração destes episódios é acompanhada de uma extensa descrição das terras e povos daquela costa africana. Parte desta história encontra-se parcialmente transcrita na “História Trágico-Marítima” de Bernardo Gomes de Brito. A terceira parte do livro é relativa à presença da Companhia de Jesus na China e no Japão. Os relatos chegam-nos através de seis cartas dos Padres Jesuítas Alexandre Valignano, António de Almeida, Michael Rogerius, Pedro Gomes Luís de Fróis e Gaspar Coelho. Nestas epístolas são narrados os acontecimentos na China e no Japão nos anos de 1586, 1587 e 1588. A obra encontra-se dividida em 3 partes, a saber: 1 - Rdis in Christo Patribus P. Rectrori Processoribus Sacrae Theologiae & Studiosis Collegii Societatis Iesu in alma Universitate Louaniensi, felicitatem & perpetuam Satutem Precatur Gvlielmvs Huysmannus Antuerpiensis, publicus in Collegio Buslidiano Trilingui latinae liguae Professor ( ) [Epistola Nuncupatoria] 2 - Vera Narratio Memorabilis Cuiusdam naufragy, ex litteris P. Petri Martinez ex urbe Goa (…). 3 - Commemorationes novorum successuum ex Regnis Cinae & Japoinis, circa Finem anni repararae salutis humana 1586 (… ) Conseguimos localizar apenas 6 exemplares desta obra fora de Portugal (OCLC): Universitätsbibliothek Göttingen, Universiteitsbibliotheek Utrecht, Universitäts- und Landesbibliothek, Münster Stadtbibliothek Weberbach , The British Library, St. Pancras e Biblioteca Nazionale Centrale di Roma. Em Portugal há apenas um exemplar na Biblioteca Nacional. Encadernação antiga em veludo. Um pouco aparado. Interior em bom estado de conservação. Extremamente raro. Preço: 7000 euros. |
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8982 - Jackson, Catherine (Lady) – FAIR LUSITANIA. London. Richard Bentley. 1874. XII – 405 pp. 25 cm x 16 cm. E.
Nesta obra, Lady Jackson partilha as suas impressões de uma estadia em Portugal. Descreve com alguma profundidade Lisboa, Sintra e Porto, fazendo também referências a Matosinhos, Guimarães, Braga, Barcelos, Leiria, Mafra, Alcobaça, Batalha, Espinho, Coimbra, Setubal, etc. Refere alguns dos costumes, tradições e personagens de Portugal (touradas, lavadeiras, vestuário, vinho, vidro da Marinha Grande, estudantes de Coimbra, um rico traficante de escravos, pedintes, monges, etc). Trata também de algumas das figuras históricas de Portugal (como D. Afonso Henriques, D. Pedro IV, etc) sem esquecer o presente, onde descreve em termos curiosos uma cerimónia em que estava D. Luís e parte da Corte, entre inúmeras outras referênciasdignas de nota. O livro foi traduzido por Camilo Castelo Branco (“A Formosa Lusitânia”). Com 20 gravuras (onde se encontra representada Lisboa, a Torre de Belém, estátua de Camões, Teatro D. Maria, Jerónimos, Pena, Castelo dos Mouros, Colares, Mafra, Barcelos, Porto, Douro, Bussaco, etc.). Encadernação em tela com desgaste. Ex-libris de biblioteca no interior da pasta. Carimbo de bilbioteca no verso das gravuras. Interior em bom estado geral de conservação. Preço: 100 euros. |
8352 - London, Jack – THE CALL OF THE WILD. New York. Grosset & Dunlap. 211 pp. 20, 5 cm x 13 cm. E.
“This story takes hold of the universal things in human and animal nature. It is an unforgettable picture of the whole wild, thrilling, desperate, vigorous, primeval life of the Klondike regions after the gold fever set in. This is the story of Buck; a superb dog”. Com uma ilustração a abrir o volume. Encadernação editorial em tela (um pouco suja). Dedicatória não autógrafa na folha de anterrosto. Com sobrecapa. Interior em bom estado geral de conservação. Preço: 18 euros. |
8985 - Maugham, W. Somerset - THEN AND NOW. A NOVEL. New York. Doubleday & Company, Inc. 1946. 278 págs. 20 cm. E.
Primeira edição americana deste romance histórico passado em Itália e que tem por pano de fudo a cidade de Imola, tendo também referências a Florença, Citta del Castello, Urbino, etc. Borgias, Orsinis e o próprio Maquiavel fazem parte do elenco deste romance. Exemplar encadernado. Encadernação editorial em tela (versão em negro) com algum desgaste. Interior em bom estado de conservação. Preço: 50 euros. |
8874 - O MENINO DA MATTA E O SEU CÃO PILOTO. [Livraria Evangélica ?] s.d. [1909 ?]. 32 pp. 14, 6 cm x 10, 5 cm. B.
Pequeno conto moral que conta a história de um menino, Guilherme, órfão de mãe que vivia com o seu pai que, entretanto, acaba por morrer. No leito de morte, o pai de Guilherme que na sua juventude havia sido dominado pelos vícios, ensina o seu filho a amar a Deus. Acompanhado pelo seu cão Piloto, Guilherme vai viver com a sua avó materna, senhora religiosa que o ampara e educa. Este folheto deveria destinar-se à doutrinação religiosa de uma Igreja Envangélica. Exemplar bastante manuseado. Preço: 9 euros. RESERVADO. |
6932 - OFFICIUM NATIVITATIS DOMINI. Rome. Typis Joannis Mariae Salvioni. Typographi Vaticani. 1747. 228 pp. 13, 4 cm x 7 cm. E.
Ofício da natividade de Natal aqui apresentado numa edição setencentista impressa em Roma. Com uma pequena imagem relativa ao nascimento de Cristo na folha de rosto (ver imagem): Livro proveniente da biblioteca dos Marqueses de Sousa Holstein. Encadernação de “A. Bouret” (1864 – 1914), encadernador francês estabelecido em Lisboa.Encadernação inteira de pele desgastada mas sólida. Corte dourado nas margens. Com notas manuscritas na folha de guarda e no rosto relativa à proveniência da obra. Pico de traça na folha de rosto (ver imagem) e nos fólios A2, A3 e A4. Restante interior em bom estado geral de conservação. Preço: 50 euros. |
8907 - Pires, José Cardoso – DINOSSAURO EXCELENTISSIMO. Lisboa. Editora Aracádia. 1972. 93 pp. 24 cm x 16 cm. E.
Primeira edição desta conhecida obra de José Cardoso Pires em que Salazar e o Estado Novo são satirizados. Com ilustrações de João Abel Manta. Encadernação editorial em telas. Sobrecapa com defeitos. Interior em bom estado geral de conservação. VENDIDO. |
8867 - O POETA CAVADOR MANOEL ALVES. Coimbra. França Amado Editor. 1906. 93 – (2) pp. 19 cm x 13, 5 cm. B.
Obra de homenagem a Manoel Alves, “O Poeta Cavador”, um cavador e ferreiro analfabeto natural da Moita (Anadia) que se destacou pelas suas poesias. Este folheto, publicado com o intuito de angariar fundos para um monumento a Manoel Alves, contou com a colaboração de Thomas da Fonseca, Lopes d’Oliveira, Ramalho Ortigão, Guerra Junqueiro, Theophilo Braga, Fialho d’Almeida, Bernardino Machado, Mayer Garção, Simões Ferreira, Afonso Lopes Vieira, João de Barros, entre outros. O último texto do livro, da autoria de Thomaz da Fonseca, descreve Manoel Alves como “Um génio” e narra diversos episódios da sua vida de cavador e poeta. Exemplar em brochura. Lombada com marcas de antiga encadernação (que tocam a margem interior do volume sem afectar o texto). Interior em bom estado geral de conservação. VENDIDO. |
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8507 - Pereira, Diogo Borges Pacheco
– ESPELHO DE HUM PECCADOR… PARTE I. Lisboa Oriental Na Oficcina Augstiniana. 1731. (46) – 543 pp. 19, 5 cm x 14, 5 cm. E. - ESPELHO DE UM PECCADOR… PARTE II. Lisboa Oriental Na Oficcina Augstiniana. 1732.(48) - 388 – (4) pp. 20, 1 cm x 14, 7 cm. E. Obra da autoria de Diogo Borges Pacheco Pereira (1658 – 1735) , não referida por Barbosa Machado na sua “Bibliotheca Luzitana”. Sobre o autor diz-nos Barbosa Machado que foi Cónego tendo depois renunciado à conezia e contraído matrimónio. Estas informações são corroboradas por Felgueiras Gaio no seu “Nobiliário das Famílias de Portugal” onde nos diz que Diogo Borges Pacheco Pereira (que tal com Barbosa Machado refere apenas como Diogo Borges Pacheco) era “filho de Jácome Borges. Foi Cónego na Sé de Braga tendo só ordens menores e Desembargador da Relação. Casou com D. Mariana de Araújo filha de Matias de Araújo Pontes cidadão de Braga, e sua mulher Maria de Araújo neta paterna de Domingos Pontes de Araújo, e sua mulher Isabel de Araújo e materna de João Rodrigues e Ana André de Sousa filha B. de Manuel de Sousa de Azevedo Fidalgo da Casa Real”. A obra trata das diversas facetas do pecado recorrendo a várias imagens e alegorias. Do índice destacamos os seguintes capítulos: Vaidade da Vida; Favor da Misericórdia; Confissão de Culpa; Desejo da Glória; Delírio da Nobreza; Receita da Saúde; Estrago da Gula; Alegria da Pobreza e Merecimento da Prizão. O livro abre com poemas do Padre Manuel Rebelo S.J, do Doutro Custódio de Azevedo Proença, de Miguel Luiz da Silva Ataide, Guarda Mór dos Pinhaes de Leiria, entre outros. Com uma assinatura de posse “António Ribeiro dos Santos” na folha de rosto da II parte. Exemplares encadernados. Encadernações antigas inteiras de pele cansadas e com pequenos defeitos. Furo na contracapa do 2º vol. Primeiro volume manuseado, com picos de traça nas margens, e no pé do volume sem afectar o texto (toca apenas ligeiramente na folha de rosto em uma ou outra transição de página). Segundo volume manuseado e com pico de traça que afecta o texto nas últimas 5 fl. Muito raro. Preço: 185 euros. |
8149 - Pinto, Fernan Mendez – HISTORIA ORIENTAL DE LAS PEREGRINACIONES DE FERNAN MENDEZ PINTO PORTUGUES, ADONDE SE ESCRIVEN MUCHAS, Y MUY ESTRAÑAS COSAS QUE VIO Y OYÓ EN LOS REYNOS DE LA CHINA, TARTARIA, SORNAO, QUE VULGARMENTE SE LLAM A SIAM, CALAMIÑAN, PEGUU, MARTAUAN, Y OTROS MUCHOS DE AQUELLAS PARTES ORIENTALES, DE QUE EN ESTAS NUESTRAS DE OCCIDENTE AY MUY POCA, O NIGUNA NOTICIA. CASOS FAMOSOS, ACONTECIMIENTOS ADMIRABLES, LEYES, GOBIERNO, TRAGES, RELIGION Y COSTUMBRES DE AQUELLOS GENTILES DE ASIA. TRADUZIDO DE PORTUGUES EN CASTELLANO POR EL LICENCIADO FRANCISCO DE HERREA MALDONADO…Con Licencia, En Valencia, En casa de los herederos de Chrysostomo Garriz, por Bernardo Nogues, junto al molino de Rouella. 1645. (24) – 482 – (10) pp.. 27, 1 cm x 19 cm. E.
De acordo com Francisco Leite de Faria, esta será a quarta edição espanhola desta obra, presente em algumas bibliotecas públicas e nos catálogos de reputados bibliófilos (como Azevedo e Samodães, Salvá, Francisco José Maria de Brito, entre outros). Há registo de uma venda desta edição por 10 contos pelo livreiro D. José Telles da Sylva em 1974 e uma compra em 1975 da Biblioteca Nacional por 6 contos do exemplar que havia pertencido ao Dr. Afonso Lucas (Leite de Faria, 1992: 66-67). Tendo Portugal construído aquele que é considerado o primeiro império global da história, não é de estranhar que seja a pena de um português, Fernão Mendes Pinto (c. 1510 – 1583), a traçar um dos primeiros relatos histórico-literários sobre os caminhos desse mundo que então se abria. É esta uma das explicações para a popularidade da obra e para as muitas peregrinações da “Peregrinação” para outros idiomas ao longo dos séculos XVII e XVIII… Contudo, ao contrário de outras obras anteriores, coevas e posteriores sobre este tema, da leitura da “Peregrinaçam” na sua edição original percebemos que a obra não é apenas um livro de história, de aventuras, nem um panegírico aos feitos dos portugueses no oriente. É, essencialmente, o relato de uma jornada humana. O retrato da vida de um homem que, ao longo de 20 anos, procurou a fortuna no extremo oriente. De um aventureiro que foi escravo. De um pirata que serviu a Coroa portuguesa que criticava (pelos roubos e pela pirataria…) e que serviu Deus com a mesma devoção com que serviu a sua própria ganância. Naturalmente que a este percurso pessoal se junta uma importante visão e descrição (nem sempre exacta, segundo parece) da presença portuguesa ou da presença de portugueses da Etiópia ao Japão. E dentro desta narrativa podemos encontrar também episódios curiosos, como o de um velho cristão português que estando há décadas na China se faz notar através de uma sucessão de escarros, ou a de dois fidalgos portugueses que, estando cativos, se matam numa discussão sobre linhagens… Com o ex-libris de Javier Sanz na folha de guarda. Encadernação de execução recente com a lombada em pele. Aparado. Corte jaspeado. Assinaturas antigas na folha de rosto. Algumas manchas antigas de humidade (e fungos) no último quarto do volume que se acentuam no final. Rasgão à cabeça do fólio Ee3 (afectando a numeração e ligeiramente o texto). Restauros com papel vegetal e fita nos fólios Ee4, Ff5 a Ff8 , Gg a Gg 8 e Hh1 a Hh7. Perda de texto no pé das pp. F6 – F8 e H1 a H7 (sendo os fólios Hh2 a Hh7 correspondentes ao índice). Apesar dos defeitos referidos o papel ainda se mentem limpo e até sonante em grande parte do volume (e mesmo nas folhas afectadas). Restante interior em bom estado geral de conservação. Exemplar completo. Conserva o Cólofon na última página (em falta em muitos dos exemplares). Preço: 750 euros. |
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8290 - [UMA DAS MAIS ECLÉTICAS REVISTAS CULTURAIS PUBLICADAS EM PORTUGAL] - QUATRO VENTOS. REVISTA LUSÍADA DE CULTURA E ARTE. Braga. Livraria Cruz. 1954 – 1960 22 vol. 1ª série: 461 pp; 112 pp; 184 pp; 80 pp; 82 pp; 107 pp. 2ª série: 256 pp; 229 pp. 22, 5 cm x 17 cm. B.
Colecção completa das séries originais de uma das mais ecléticas revistas publicadas em Portugal no século XX. 22 números divididos em duas séries. A primeira com 14 nºs e a segunda com 8 nºs. Uma terceira série da revista, com 3 nºs, foi publicada em Braga (entre 1999 e 2007) e não faz parte deste conjunto. A 4 Ventos contou com a colaboração de escritores, poetas e artistas portugueses, galegos e brasileiros oriundos de movimentos que vão do modernismo ao neorrealismo, passando pelo neogarretismo, surrealismo, entre outros estilos e correntes. Assim, a revista tornou-se agregadora “de valores dispersos” e, tendo “repudiado capelinhas”, conseguiu reunir um grupo bastante variado de colaboradores. Os escritores galegos merecem aqui uma nota especial, uma vez que um dos feitos da revista foi publicar em Portugal uma série de autores silenciados pelo franquismo (ver Pires, 2000: 404-405). O primeiro número da revista dá-nos nota de uma direcção portuguesa (em que figuram os nomes de Amândio César, António Álvaro Dória, Arlindo Ribeiro da Cunha, Egídio Guimarães, Francisco Martins da Costa e Manuel Antunes), brasileira (composta por Cyro Pimentel, Ilka Sanches e Donatello Grieco) e galega (formada por Leandro Acarré Alvarellos, Ramón Otero Pedrayo e Sebastian Martinez Risco). A redação estava a cargo de Amândio César, Egídio Guimarães e Manuel Antunes e a direcção artística ficaria a cargo de Roby Amorim. O “manifesto aos quatro ventos”, que proclama como “clássicos lusíadas” Camões, Castro Alves, Machado de Assis, Rosalía de Castro, e muitos outros, fazendo da revista um espaço de liberdade e de diversidade. No “Manifesto” pode ler-se: “Esta revista procura fundar-se em bases sérias, na realidade e não na utopia. A ARTE, a que se dedica não tem adjetivos. Não a limitam fronteiras nem escolas. Sua perenidade transcende a pessoa do Artista. É um valor universal. Por isso qualquer dos cultores achará nestas páginas caloroso acolhimento. Nacionais e estrangeiros, que é como quem diz Gregos & Troianos virão sentar-se à nossa mesa de trabalho. Nem de outro modo respeitaremos a UNIVERSALIDADE da Arte, qualidade que lhe vem de constituir um valor humano. E tanto mais humano quanto universal. E tanto mais Arte quanto mais humanidade tiver (…). Para isso se juntaram portugueses, brasileiros e galegos, portadores da MESMA forma de expressão artística, a mesma FALA, portadores do mesmo sentido universal da SAUDADE, viandantes de sempre, cujo rumo são os QUATRO VENTOS do planeta, e cujo signo a CONVIVÊNCIA fraterna das raças, e das línguas e das culturas e dos povos (…). A revista contou com a colaboração de artistas como Fernando Lanhas, Júlio Resende, António Quadros, entre outros. Na revista foram publicados textos, poemas, ensaios e inéditos de dezenas de escritores e poetas como João Cabral de Melo Neto, Agustina Bessa-Luís, Jorge de Sena, António Correia de Oliveira, Aquilino Iglesia Alvariño, Carlos Lobo de Oliveira, Ilídio Sardoeira, Manuel Bandeira, Haroldo de Campos, José Régio, David Mourão-Ferreira, Eugénio de Andrade, João Gaspar Simões, Adalgisa Nery, António de Cértima, Rachel Bastos, Xose Maria Alvarez Blásquez, Teixeira de Pascoaes, Fernando Pessoa, Jacinto do Prado Coelho, Alberto de Serpa, entre muitos outros. Exemplares em brochura. Primeira série em bom estado geral de conservação. Primeiro volume da segunda série com defeito à cabeça (marca de uma colagem antiga). Restantes volumes em bom estado geral de conservação, com algumas manchas ocasionais e outros pequenos defeitos. Os volumes especiais e comemorativos ainda conservam as respectivas cintas. Preço: 700 euros. |
8986 - Sanceau, Helaine – OS CAPITÃES DO BRASIL. Porto. Livraria Civilização. 1956. 440 – (4) pp. 21 cm x 14 cm. E.
Obra em que Helaine Sanceau (1896 – 1978) aborda diversos capítulos da história do Brasil, como “Vasco Fernandes Coutinho e o seu «Vilão Farto»”, “A língua rebelde de Pero do Campo”, “Os Índios”, “Os Missionairos”, “A Fundação de São Paulo”, “A fundação do Rio de Janeiro”, entre outros. Ilustrado. Exemplar com uma boa encadernação com a lombada e cantos em pele. Lombada decorada com dourados. Com capas de brochura. Interior em bom estado de conservação. Preço: 30 euros. RESERVADO. |
8984 - Valença, Marquês de – ELOGIO FUNEBRE DE DIOGO DE MENDOÇA CORTE-REAL, SECRETARIO DE ESTADO, RECITADO NO PAÇO PELO MARQUEZ DE VALENÇA, CENSOR DA ACADEMIA REAL EM 17 DE MAYO DE 1736…s.l. 36 pp. 19, 3 cm x 13, 7 cm. B.
Elogio fúnebre proferido pelo Marquês de Valença por ocasião da morte de Diogo de Mendonça Corte-Real (1658 – 1736), notável servidor público e diplomata, “homem hábil, e erudito”, “grave e comedido” que serviu o Estado durante 30 anos, “sem mais títulos para a sua pessoa, sem mais honras para o seu epitáfio, nem mais distinçoens para a sua descendência (…)”. Exemplar não encadernado. Em bom estado geral de conservação. Pouco frequente. Preço: 28 euros. RESERVADO. |
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8743 - Vieira, José Augusto – O MINHO PITTORESCO. Lisboa. Livraria de António Maria Pereira. II Volumes. 1887. 657 – (2) pp; 794 – (5) pp. 30, 5 cm x 22, 5 cm. E.
Raro exemplar de oferta com uma página impressa a abrir o volume em que se encontra inscrito o nome da pessoa a quem se destinava esta cópia. Primeira edição desta que é uma das mais emblemáticas e procuradas obras sobre o Minho, da autoria de José Augusto Vieira (1856-1890) com dezenas de ilustrações e referências a grande parte dos concelhos e principais localidades minhotas e também ao Porto e a Gaia. Através das suas imagens, descrições e histórias a obra transpõe o leitor para o Minho do século XIX. Contudo, a referência aos principais monumentos e marcos históricos, bem como a alusão a certas idiossincrasias dos minhotos faz com que o leitor facilmente encontre ainda hoje alguns ecos desse Minho longínquo. A abrir o livro Vieira escreve algo que sintetiza a identidade minhota e convida-nos para a viagem que vai empreender : “Berço onde se embalou a nacionalidade portugueza, o Minho tem sido o tabernáculo sagrado das nossas tradições (…), subversivo e revolucionário (…), cultivador da terra na tranquilidade da paz, amoroso de raça, emigrador e fecundo por condições de meio (…) Como n’um vôo de fantasia perpassou diante dos nossos olhos, emoldurada e na fugitiva linha da sua viridente paysagem, a perspectiva encantadora e ao mesmo tempo histórica e pittoresca d’esse jardim de Portugal. É tempo de percorrer as suas aldeas, de examaninar canteiro por canteiro, de escutar os segredos das suas florestas, ouvir o murmúrio dos seus rios, os cânticos das suas aves, as tradições do seu povo, a história dos seus monumentos (…)”. Com gravuras em que se encontram representadas as seguintes cidades e localidades: Melgaço, Valença, Vila Nova de Cerveira, Caminha, Viana do Castelo, Monção, Ponte de Lima, Paredes de Coura, Arcos de Valdevez, Vieira do Minho, Ponte da Barca, Vila Verde, Póvoa de Lanhoso, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Amares, Fafe, Guimarães (com gravuras de Vizela e das Taipas) e Terras de Bouro. Encadernação editorial em tela. Lombadas com alguma descoloração. Pastas em bom estado geral de conservação. Interior em bom estado geral de conservação. Preço: 780 euros. |
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8754 - [VINHOS] - Villa Maior, Visconde de – TRATADO DE VINIFICAÇÃO PARA VINHOS GENUINOS. Lisboa. Por ordem e na Typographia da Academia Real das Sciencias. 1883. XI - 278 pp. 18, 3 cm x 12 cm. E.
“São muitos os que fazem vinho, e poucos os que o fazem bem. E todavia, fazer bem o vinho não é coisa tão difficil, que exceda a compreensão das inteligências medianas (…)”. Assim abre este “Tratado de Vinificação” da autoria do 2º Visconde de Vila Maior, Julio Máximo de Oliveira Pimentel (1809 – 1884), Presidente da Câmara de Lisboa, Reitor da Universidade de Coimbra e Presidente da Academia das Ciências. O Visconde de Vila Maior tinha também propriedades no Douro e, ao longo da sua vida, dedicou diversos estudos à vinha e ao vinho. Esta obra abrange todas as fases da produção do vinho, tratando da vindima, fermentação, envasilhamento, trasfego e clarificação, aguardentação, acção do frio sobre o vinho, etc. Obra ilustrada com 6 figuras, sendo a 1ª extratexto. Encadernação inteira de pele. Carimbo de posse na folha de rosto. Interior em bom estado geral de conservação. Raro. Preço: 120 euros. |
8972 - Zuquete, Afonso Eduardo Martins (coordenação); Faria, António Machado de; Sérgio, António; outros – ARMORIAL LUSITANO. Lisboa. Editorial Enciclopédia. 1961. 733 pp. 25 cm x 17, 2 cm. E.
Primeira edição de uma dos mais completos armoriais publicados em Portugal. Edição coordenada por Afonso Zuquete, com textos de António Sérgio (“Origem e Evolução da Nobreza”) e António Machado de Faria (fixação de texto e “Vocabulário Heráldico” e “Breves Notas sobre Genealogia e Heráldica”). Desenhos de João Carlos e Ricardo da Silva. Ilustrado com as armas das diferentes famílias (a cores e a preto e branco). Com fotografias de heráldica tumular, estatuária medieval, etc). Encadernação editorial em pele. Interior em bom estado geral de conservação. Preço: 80 euros. |
8758 - Zweig, Stefan – CALEIDOSCOPIO (LENDAS). Porto. Livraria Civilização. s.d. 177 – (4) pp. 18, 5 cm x 12 cm. E.
Livro que reúne quatro contos de Stefan Zweig (1881 – 1942): “Raquel Acusa Deus”, “Os olhos do Padre Eterno”, “A lenda da terceira pomba” e “Gémeas desiguais”. Tradução de Alice Ogando. Encadernação com a lombada em pele. Com pastas num papel que procura fazer lembrar um caleidoscópio. Sem capas de brochura. Interior em bom estado de conservação. Preço: 15 euros. RESERVADO. |
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*Para este catálogo não são considerados os protocolos em vigor.
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