Boletim Bibliográfico*
26.04.2023
26.04.2023
Imagem retirada do nº 8462
ARQUITECTURA E ARTE
3261 - Briggs, Martin S. – ARCHITECTURE FOR AMATEURS. London. W & G. Foyle. 1953. 91 pp. 18, 5 cm x 12 cm. E.
Pequeno manual onde é narrada a história da arquitectura desde a época pré-romana até à primeira metade do século XX, sendo dado destaque aos seguintes estilos e épocas: Gothic, Tudor, Georgian, Victorian, entre outros. Ilustrado. Encadernação cartonada. Interior um pouco manuseado mas em bom estado geral de conservação. Preço: 8 euros. |
8248 - Chicó, Mário Tavares (org.) – ASPECTOS DA ARQUITECTURA PORTUGUESA 1550 – 1950. Comissão Nacional Portuguesa das Comemorações do 4º Centenário do Rio de Janeiro. 1966. 70 pp. 22 cm x 15 cm. B.
Catálogo desta exposição que pretende mostrar os variados aspectos da arquitectura portuguesa entre 1550 e 1950. “Além dos solares, mosteiros e igrejas que, como julgamos, melhor representam as constantes da arquitectura erudita da região (…) figuram nesta exposição aspectos de pequenas povoações e alguns conjuntos urbanos do Minho, do Douro, da Extremadura e do Alentejo (…)”. Ilustrado com dezenas de fotografias e algumas plantas dos principais edifícios retratados. Exemplar em bom estado de conservação. Preço: 8 euros. RESERVADO |
8651 - Cocheril, Dom Maur – NOTES SUR L’ARCHITECTURE ET LE DÉCOR DANS LES ABBAYES CISTERCIENNES DU PORTUGAL. Paris. Fundação Calouste Gulbenkian. 1972. XV - 246 – (22) pp. 24, 5 cm x 17, 8 cm. E.
Importante estudo sobre a arquitectura e sobre os motivos decorativos das abadias cistercienses em Portugal. Ilustrado com um mapa com a indicação das abadias em análise e com diversas plantas, fotografias e outros elementos relativos a este estudo. Encadernação editorial. Capas um pouco sujas. Pico de traça no pé das últimas 11 folhas (sem afectar o texto). Restante interior em bom estado geral de conservação. VENDIDO. |
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8619 - Cortesão, Jaime; Rebello de Andrade, Carlos e Guilherme (Arq). - MONUMENTO AO INFANTE D. HENRIQUE. MEMÓRIA DESCRITIVA COMPLETA DO MONUMENTO E DAS OBRAS DE URBANIZAÇÃO E DE INSTALAÇÃO ELÉCTRICA--ESBOÇO DE PLANO DUM MUSEU EVOCATIVO DA VIDA E OBRA DO INFANTE D. HENRIQUE E DOS DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES EM GERAL POR JAIME CORTESÃO. (1) - 14 pp. 30 cm x 21, 5 cm.
- ESBOÇO DE PLANO DUM MUSEU EVOCATIVO DA VIDA E OBRA DO INFANTE DOM HENRIQUE E DOS DESCOBRIMENTOS EM GERAL. (3) - 34 pp. 30 cm x 21, 5 cm. O primeiro documento, “Monumento ao Infante D. Henrique. Memoria descritiva completa do monumento e das obras de urbanização e instalação eléctrica (…)” é, pelo que se depreende da leitura do segundo documento, um plano elaborado por Jaime Cortesão em conjunto com os Arquitectos Carlos e Guilherme Rebello de Andrade, a que se juntaram Alvaro de Brée, Leitão de Barros, Martins Barata e Manuel Lapa. Aqui podemos encontrar não só a elaboração conceptual do museu pensada por Jaime Cortesão em articulação com os arquitectos, mas também a descrição textual de dados relativos ao projecto (implementação, escala, materiais de construção a usar, etc). O segundo documento é nem mais nem menos do que o estudo histórico da autoria de Jaime Cortesão para sustentar o projecto arquitectónico e museológico acima referido. O estudo abre com a parte conceptual do museu (indicação do tipo de espaço, das diferentes salas, conteúdos, etc), seguindo-se um estudo histórico sobre o Infante D. Henrique e a sua época. Com uma dedicatória de Jaime Cortesão a José Neves Águas. Com o ex-libris de José Neves Águas. Primeiro documento: Uma página de título e 14 folhas (28 pp.) das quais 14 estão dactilografadas na frente, ficando o verso em branco. Segundo documento: Uma página de título impressa, seguida de outra página de título dactilografada. 34 folhas (68 pp.) das quais 34 estão dactilografadas na frente, ficando o verso em branco. Fotocópias (apensas aos documentos em data posterior): 5 folhas fotocopiadas com os decretos do Diário da República sobre esta matéria. Documentos em bom estado geral de conservação. VENDIDO. |
8646 - Ferreira, Jaime – ANTÓNIO CARNEIRO. Matosinhos. Câmara Municipal de Matosinhos. 1973. 175 pp. 20, 5 cm x 13, 5 cm. B.
Biografia do pintor António Carneiro, uma figura notável da pintura portuguesa. Com uma relação dos artigos escritos em revistas e jornais sobre o pintor no final do volume. Ilustrado com reproduções de diversas obras de António Carneiro. Capas com algum desgaste. Interior em bom estado geral de conservação. Preço: 14 euros. RESERVADO |
1556 - Garcia, Arnaldo Ressano – O MESTRE AYRES DE GOUVEA E A SUA OBRA. Porto. Edições Maranus. 1941. 57 pp. 24, 3 cm x 19 cm. B.
Publicação da conferência de Arnaldo Ressano Garcia sobre o pintor Ayres de Gouvea (1867 – 1941) e a sua obra, por ocasião da exposição dos seus trabalhos no Salão Silva Porto. Ilustrado com a reprodução de 27 obras de Ayres de Gouvea. Tiragem de 120 exemplares fora do mercado. Capas com alguma acidez. Interior em bom estado geral de conservação. VENDIDO. |
8650 - Jesus, Júlio – JOAQUIM MANUEL DA ROCHA. JOAQUIM LEONARDO DA ROCHA. PINTORES DOS SÉCULOS XVIII – XIX. Lisboa. Tipografia Gonçalves. 1932. 166 – (6) pp. 26 , 5 cm x 19 cm. B.
Estudo sobre estes dois pintores do século XVIII/XIX, com valiosas informações sobre a sua vida, a sua obra e o seu tempo. Dos vários dados que tornam esta obra interessante não só para o estudo destes pintores, mas também da sua época, merece destaque a lista dos discípulos de Joaquim Manuel da Rocha matriculados na aula de desenho. São cerca de 60 nomes, acompanhados da respectiva nota biográfica, dos quais destaco Domingos António Sequeira. Ilustrado. Capas com acidez. Interior com acidez e um pouco manchado. Preço: 20 euros. |
2738 – Lagoa, Cherubino – A VIRGEM E O MENINO JESUS. RETABOLO DA ORDEM 3ª DE S. FRANCISCO DO PORTO. Porto. 1898. 35 pp. 19 cm x 12, 3 cm. B.
Trabalho em que Cherubino Lagoa tenta identificar a origem, época e estilo do retábulo com “A Virgem e o Menino Jesus” existente na ordem 3ª de S. Francisco do Porto. O autor contesta as apreciações anteriormente feitas e apresenta a sua teoria quanto à época e qualidade deste trabalho. Ilustrado com uma fototipia do retábulo. Com uma dedicatória do autor para Cândido da Cunha na capa. Com capas de brochura. Lombada quebrada e com restauro. Assinatura de posse na folha de anterrosto. Interior em bom estado geral de conservação. VENDIDO. |
8648 - Machado, Alda de Guimarães Guedes Pinto (Condessa de Almedina) O CONDE DE ALMEDINA E A ARTE EM PORTUGAL NO SÉCULO XIX. Lisboa. 1954. 330 pp. 25 cm. B.
“Desejando perpetuar a memória de meu Pai e a sua acção no sentido de proteger a Arte em Portugal, reuni neste livro todos os documentos que pude obter, artigos de imprensa nacional e estrangeira, reproduções de quadros e desenhos, notícias, críticas, etc que se referem à acção de Delfim Guedes [Conde de Almedina], no período em que ela mais se exerceu, isto é, entre 1875 e 1895, últimos vinte anos da sua proveitosa vida. Essa documentação abrange especialmente a actividade de meu Pai na antiga Academia Real das Bellas Artes de Lisboa e no Museu das Janelas Verdes, hoje Museu de Arte Antiga, cuja fundação o país lhe deve (…)”. Ilustrado. Exemplar numerado e assinado pela autora. Exemplar em bom estado de conservação. Com vários cadernos por abrir. VENDIDO. |
8644 - Montez, Paulino (Prof. Arq) – O PRÉMIO VALMOR E A EVOLUÇÃO DA ARQUITECTURA. Lisboa. Sep. do Boletim da Academia Nacional das Belas Artes. 1984. 32 pp. 29, 5 cm x 21 cm. B.
Trabalho em que é contada a história do aparecimento do “Prémio Valmor” e tecidas algumas considerações sobre o prémio e a evolução e futuro da arquitectura. Ilustrado com imagens de diversos edifícios notáveis portugueses e estrangeiros de variados estilos e épocas. Com uma dedicatória do autor. Capas um pouco sujas. Interior em bom estado geral de conservação. VENDIDO. |
7234 - Moreira, Francisco de Almeida – OS QUADROS DA SÉ DE VISEU. SUA RELAÇÃO COM OS DE SANTA CRUZ DE COIMBRA E DE S. JOÃO DE TAROUCA. Porto. Tipografia Sequeira Limitada. 1925. 45 págs. 21 cm. B.
Segunda edição “corrigida e ilustrada” deste estudo conduzido por Francisco de Almeida Moreira “da Real Academia de Belas Artes de Madrid; Director-Conservador do Museu Grão-Vasco” sobre os quadros e os artistas da Sé de Viseu, Santa Cruz de Coimbra e São João de Tarouca. Ilustrado com XVIII estampas de Marques de Abreu elaboradas com fotografias de João Coutinho. Em bom estado geral de conservação. Preço: 20 euros. |
7606 - Moura, José Horácio de – MATADOUROS. NOTAS SOBRE A SUA CONSTRUÇÃO. Lisboa. Ministério das Obras Públicas. 1951. 79 pp. 24, 5 cm x 18, 5 cm. E.
Trabalho sobre a construção de matadouros, com diversas notas sobre aspectos técnicos e arquitetónicos. Ilustrado com 61 figuras. Com uma dedicatória do autor. Encadernação editorial com defeitos e perdas nos cantos. Manuseado e manchado. VENDIDO. |
8647 - PERSONAGENS PORTUGUESAS DO SÉCULO XVII. EXPOSIÇÃO DE ARTE E ICONOGRAFIA. Lisboa. 1942. 32 – (50) págs. 25, 5 cm. B.
Catálogo desta exposição organizada por Luis Keil, Gustavo de Matos Sequeira e Luís Ortigão Burnay (da Academia Nacional de Belas Artes) no Palácio da Independência em Março de 1942. Com introdução de Reynaldo dos Santos. Ilustrado com dezenas de retratos de alguns dos mais notáveis portugueses do século XVIII. Em bom estado geral de conservação. VENDIDO. |
8649 - Pimenta, Belisário – RAFAEL PIMENTA GRAVADOR EM MADEIRA – 1850 – 1931. Coimbra. Sep. de O Instituto. 1952. 36 págs. 23, 5 cm x 16, 5 cm. B.
Interessante estudo sobre o escultor Rafael Pimenta, natural do Barreiro, e sobre a sua obra, em que não é descurada a biografia do artista e o seu percurso pessoal e profissional. A obra termina com uma relação dos trabalhos (assinados e não assinados) de Rafael Pimenta. Ilustrado. Exemplar em bom estado de conservação. Pouco frequente. VENDIDO. |
3846 - Pinto, Manoel de Sousa – OS TRÊS BORDALLOS. Lisboa. Pedro Bordallo Editor. 1921. 39 pp. 23, 5 cm x 18, 5 cm. B.
Publicação da “conferência promovida pelos «Amigos-Defensores do Museu Raphael Bordallo Pinheiro»” e lida pelo autor na sala da Associação dos Lojistas de Lisboa. A conferência é sobre as três “personagens” de Raphael Bordallo Pinheiro, o Bordallo do António Maria, o Bordallo das Caldas (do barro e das decorações). Edição especial de 250 exemplares decorada com 6 ilustrações em separado. Capas com pequenos vincos e defeitos. Interior em bom estado de conservação. Preço: 22 euros. |
8653 - Rodin, Auguste – LES CATHÉDRALES DE FRANCE. Paris. Librairie Armand Colin. 1921. 226 pp. 19, 8 cm x 14, 5 cm. B.
Trabalho do célebre escultor Auguste Rodin sobre as catedrais de França. O livro abre com um retrato de Rodin. Primeira edição. Capas com defeitos. Com assinatura de posse na folha de rosto. Pequeno pico de traça que atravessa o volume (sem afectar o texto). Manuseado. VENDIDO. |
CURIOSIDADES
8513 – Claflin, Tenessee (Viscondessa de Monserrate) - ESSAYS ON SOCIAL TOPICS BY LADY COOK. London. The Roxburghe Press. [1895?]. 158pp; 126 pp; 20, 3 x 13 cm. E.
Interessante obra de Lady Cook (Tenesse Claflin, Viscondessa de Monserrate), em que a autora, conhecida pelas suas posições reformistas e sufragistas aborda, entre outros, os seguintes tópicos: Ideal woman; Virtue; Maternity; Aid for the poor; Short History of marriage; True love; Should the poor marry?; Degradation of the sexes; Lover’s gifts, etc. O projecto de edição, anunciado no início da obra, dá nota da publicação de IV volumes, encontrando-se o V e VI volumes em preparação. O exemplar aqui apresentado reúne apenas os volumes I a III. Contudo, do que foi possível apurar, só estes volumes (I a III) terão sido efectivamente publicados. A obra abre com um retrato da Viscondessa de Monserrate e do Visconde, a quem a obra é dedicada. Encadernação editorial em tela um pouco manchada (ver imagem). Primeiras duas páginas um pouco sujas. Vestígios acidez provocada por ferrugem nas páginas 2/3 da “Third series”, fruto do agrafo usado para unir os volumes. Restante interior em bom estado de conservação. Raro. Preço: 90 euros. |
8610 -[CAMILIANA. CASO FERNANDO DE LACERDA] - ESTUDOS PSYCHICOS. 2º ANO. Lisboa. Typographia A Publicidade. NºS 7 a 12. 1907 [pp. 121 - 244]
junto com ESTUDOS PSYCHICOS. 3º ANO. Lisboa. Typographia A Publicidade. 3º Ano. Nºs 1 e 2. 1907. 40 pp. 24, 6 cm x 13 cm. E. Publicação ligada ao "animismo e espiritismo experimental". A revista não se encontra completa, tendo sido encadernada pelo interesse camiliano do "Caso Fernando de Lacerda". No índice, segundo cremos por lapso, no nº 7 do 2º ano (o primeiro número deste conjunto) o "Caso Fernando de Lacerda" aparece como “continuação”. Contudo nos números de 1906, também elencados no índice, não aparece nenhuma referência a este caso e o próprio texto do nº 7, onde começa neste conjunto o "Caso Fernando de Lacerda" parece estar a dar início ao assunto (o que reforça a ideia de haver um lapso no índice). Este curioso caso, refere-se trata da história de um medium, Fernando de Lacerda. que afirma receber comunicações de escritores já falecidos, nomeadamente de Camilo...É com o final deste "caso" que termina último número encadernado deste conjunto. Exemplar encadernado. Sólida encadernação com a lombada em pele. Conserva a capa de brochura apenas do primeiro nº. Com um vinco ao centro das pp., certamente feito antes da revista ser encadernada. Interior em bom estado geral de conservação. VENDIDO. |
8097 - MORCEAUX PROPHÉTIQUES SUR LES GRANDS ÉVÉNEMENTS DE LA RÉVOLUTION FRANÇOISE ET SES SUITES. [Paris : Impr. de Chassaignon]. 1822. 24 pp. 18, 2 cm x 10, 5 cm. B.
Trata-se possivelmente da segunda edição desta obra que terá sido originalmente escrita em 1792. A obra trata de previsões ou revelações proféticas que ao longo das décadas de 50 e 60 do século XVIII faziam antever a Revolução Francesa, o regresso dos Jesuítas a França, etc. No final do volume encontra-se uma assinatura de posse de L’Abbé Grégoire. Não sabemos se a assinatura será autógrafa e se este é o mesmo Abbé Gregoire que chegou a fazer parte do Senado durante a Revolução Francesa e se destacou na luta pela abolição da Escravatura. Com o Abade Grégoire foi perseguido durante a Revolução Francesa (embora tenha aderido aos seus princípios) é possível que possa estar de alguma forma relacionado com a edição desta obra. Com defeito na folha de rosto (ver imagem). Manuseado. VENDIDO. |
8652 - Paulo, Amílcar – ROMANCEIRO CRITPTOJUDAICO. Bragança. Edição de Autor. 1969. 19 pp. 24, 5 cm x 17 cm. B.
Trabalho em que Amílcar Paulo recolhe em Rebordelo, Vimioso, Belmonte, etc. diversas cantigas “criptojudaicas” tecendo várias considerações sobre a riqueza destas tradições e as relações entre as comunidades judaicas e a tradição oral entre Portugal e Espanha. Com uma dedicatória do autor. Exemplar em bom estado de conservação. Preço: 10 euros. RESERVADO. |
8239 - Pinto, Manuel de Sousa – BAILADOS RUSSOS. Lisboa. Atlântida. 1918. 36 pp. 23, 5 cm x 17, 2 cm. B.
Curioso trabalho de Manuel de Sousa Pinto sobre os “bailados russos”. Nesta obra o autor tece a suas considerações sobre várias peças como “Sílfides”, “Príncipe Igor”, “Sadko”, “Borboletas”, entre outros. Trata-se, possivelmente, do primeiro trabalho do género em Portugal. Ilustrado. Capas com defeitos e perdas. Interior manchado e manuseado. Preço: 14 euros. |
5131 - RESUMO DOS PROVERBIOS DE SALOMÃO PARA MORAL INSTRUCÇÃO DA MOCIDADE. Lisboa. Na Impressão Regia. 1829. 26 pp. 15 cm x 10 cm. B.
Pequeno opúsculo onde se resumem os provérbios do Rei Salomão para “moral instrucção da mocidade”. Exemplar desencadernado. Em bom estado geral de conservação. VENDIDO. |
8629 – VIA-SACRA OU MODO PRATICO DE VISITAR AS CAPELAS E IGREJA PRINCIPAL DO INSIGNE SANTUÁRIO DO SENHOR BOM JESUS DO MONTE…Reimpresso Na Typographia Bracharense. 1841. 96 pp. 15 cm x 9, 5 cm. B.
Curioso guia do Bom Jesus do Monte (Braga), “obra útil e proveitosa a todos os que quiserem lucrar as muitas indulgências que os Summos Pontifices concederam aos que as visitarem feito por um devoto do mesmo Senhor”. Supomos que esta será a terceira edição da obra (sendo a primeira de 1780 e a segunda de 1826) Folha de rosto suja. Exemplar manuseado. VENDIDO. |
8632 - Zurcher e Margollé (versão de António Arroyo) – VOLCÕES E TERRAMOTOS. Porto. Magalhães & Moniz Editores. s.d. 333 pp. 17, 8 cm x 11 cm. E.
Obra em que são tratados os grandes terramotos e erupções vulcânicas, sendo dado destaque aos que ocorreram nos séculos XVIII e XIX. “Obra illustada de 62 gravuras”. Encadernação com a lombada em pele. Interior em bom estado geral de conservação. Preço: 20 euros. |
DIREITO, HISTÓRIA, FILOSOFIA
6888 - CAUSA SOBRE NULIDADE DE MATRIMONIO ENTRE PARTES DE UMA, COMO AUTORA, A SERENISSIMA RAINHA D. MARIA ISABEL DE SABOIA (…) E OUTRA O PROCURADOR DA JUSTIÇA ECCLESIASTICA EM FALTA DE PROCURADOR DE SUA MAGESTADE EL-REI D. AFFONSO VI (…). Lisboa. Na Fenix. 1843. 136 pp. 19, 5 cm x 12 cm. B.
“A revolução de 1667 que tirou ao sr. Rei D. Afonso VI a coroa e a mulher para tudo entregar a seu irmão o principe D. Pedro (…) é um facto pasmoso e ainda mal averiguado. Pasmoso pela facilidade com que se destronou um rei (…). E mal averiguado porque a favor do vencido poucos levantam a voz, e porque os documentos históricos (…) são inéditos e raríssimos. Entre estes documentos é muito importante o processo que contra o rei moveu a sua própria mulher, D. Maria Francisca Isabel de Saboya (…) para anular o matrimonio que haviam contraído pelo fundamento de que o rei era impotente para consuma-lo. É este documento o que publico, aproveitando-me para isso de uma copia que a custo pude obter. Era ella de letra antiga, e escrita por quem absolutamente ignorava o latim e pouco sabia do portuguez (…). Empreguei particular cuidado em que a edição fosse fiel ao manuscripto que obtive (…). Primeira edição. Encadernação modesta com a lombada em tecido. Interior e bom estado geral de conservação. VENDIDO. |
7012 - [KOPKE. DOURO. QUINTA DE RORIZ] - Guerreiro, José António – MEMORIA JUSTIFICATIVA DE ISABEL ARCHBALD, E SUAS IRMÃAS, OU DISCURSO REFUTATORIO DA SENTENÇA CONTRA ELAS PROFERIDA EM GRAU DE REVISTA NA EXECUÇÃO DE SENTENÇA QUE LHES MOVE CH. N. COPQUE. Porto. Na Imprensa de Gandra e Filhos. 1837.136 pp. 24, 5 cm x 18 cm. E.
“A quinta de Roriz, huma das maiores e das melhores do Distrito de Feitoria, foi penhorada a requerimento de Nicolau Copque para pagamento de 14; 287$350 reis e juros que Roberto Archbald lhe devia (…)”. Nesta obra é tratada a contenda que opôs as irmãs Archibald a Cristiano Nicolau Kopke, 1º Barão de Vilar. No opúsculo podemos encontrar não só vários dados relativos à matéria em disputa, mas também uma série de informações sobre a Quinta de Roriz (aspectos relacionados com a compra da propriedade pelos Archibald, produção da quinta, avaliações ao longo dos tempos, etc). Segunda edição. Encadernação com a lombada em pele. Um pouco manuseado e com algumas manchas ténues. Restante interior em bom estado geral de conservação. Preço: 80 euros. |
8636 - Llorrente, D. Juan Antonio – DISCURSOS SOBRE UNA CONSTITUCION RELIGIOSA, CONSIDERADA COMO PARTE DE LA CIVIL NACIONAL. SU AUTOR UN AMERICANO…Burdeos. Imprenta de Pedro Beaume. 1821. XII – 296 pp. 14, 9 cm x 10 cm. E.
Curiosa obra de D. Juan Antonio Llorente (1756 – 1823), aqui publicada na sua segunda edição, onde o religioso espanhol procura dotar Espanha de uma constituição religiosa que, em certa medida, integrasse a constituição civil. Llorente, um padre liberal, maçon que se destacou pela sua “História da Inquisição”, procura, com esta “Constituição Religiosa”, reformar a Igreja, fazendo-a acompanhar as inovações jurídicas que então eclodiam um pouco por toda a Europa, com o advento dos regimes liberais e das constituições. Nesta obra Llorente advoga o fim do celibato, o fim das ordens religiosas, etc. Esta edição é aumentada “com la Censura, que á instancia del Vicario General de Barcelona, recayo sobre esta obra y la contestacion que idó a ella el mismo J. A. Llorente (…)”. Exemplar com encadernação inteira de pele. Carimbo na folha de rosto. Interior em bom estado geral de conservação. Preço: 50 euros. |
8626 - Lobão, Manuel de Almeida e Souza – TRACTADO PRATICO E COMPENDIARIO DAS AGUAS, DOS RIOS PUBLICOS, FONTES PUBLICAS, RIBEIROS, E NASCENTES DELLAS…Lisboa. Na Imprensa Nacional. 1835. XXIX – 244 pp. 20, 3 cm x 14, 3 cm. E.
Supomos ser esta a terceira edição de este que é o mais conhecido trabalho do jurista Manoel de Almeida e Sousa Lobão (1745 – 1817). Uma obra que marcou a bibliografia jurídica do seu tempo e que, por utilidade, estudo ou simples curiosidade, figurou nas principais bibliotecas jurídicas nome até meados do século XX. A “Tractado” apresenta “dous Indices, hum dos capítulos, outro das conclusões mais notáveis” e “duas Dissertações análogas: 1ª sobre aguas pluviais; 2ª sobre as aguas subeterraneas”. Encadernação com a lombada em pele. Interior em bom estado geral de conservação. VENDIDO. |
8630 - PLANO PARA DAR SYSTEMA REGULAR AO MODERNO ESPIRITO FILOSOFICO OU INSTRUCÇÕES ANEDOCTAS DE HUM LIVRE PENSADOR. Lisboa. Na Ofic. de António Rodrigues Galhardo. 1784. XXIX – 313 pp. 14 cm x 9, 5 cm. E.
Obra traduzida do italiano que Inocêncio no Innocêncio Tomo II do seu Diccionario Bibliographico Portuguez (pp. 386) parece atribuir a D. Francisco Gomes de Avelar, sobre quem nos deixa as seguintes notas: “Presbytero secular da Congregação do Oratório de Lisboa, e depois bispo do Algarve, sagrado] a 26 de Abril de 1789. Exerceu o ministério episcopal por mais de vinte e seis annos, deixando na sua diocese mui saudosas recordações.—N. nos subúrbios da villa d'Alhandra, no patriarchado de Lisboa, de família humilde, a 17 de Janeiro de 1739, e m. em Faro a 15 de Dezembro de 1816.” A Biblioteca Nacional dá como autor da obra o Bispo italiano Pietro Marco Zaguri (1738 – 1810), que, de acordo com outras fontes consultadas, terá publicado esta obra pouco antes da sua nomeação como Bispo de Ceneda, sendo mais tarde Bispo de Vicenza. A obra é uma sátira às novas ideias filosóficas que então faziam o seu caminho um pouco por toda a Europa e pelo Mundo. No final o autor partilha a seguinte nota: “Como o A. deixa em toda a Obra retratanto bem ao vivo o pernicioso das máximas e projectos da falsa Filosofia dos livres Pensadores, será mui falto de raciocínio quem não concluir que os presentes encómios com que acaba são uma verdadeira satyra (…) com o favorável conselho de os fazer cair em si e ter horror a um Systema de filosofar tão ruinoso (…)”. Exemplar encadernado. Com assinaturas e marcas de posse nas folhas de guarda e de rosto. Um pouco manuseado e com manchas ocasionais mas em bom estado geral de conservação. VENDIDO, |
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6744 – Salas y Cortez, Ramon – LICÕES DE DIREITO PÚBLICO CONSTITUCIONAL PARA AS ESCOLAS POR RAMON SALAS, DOUTOR DE SALAMANCA; TRADUZIDAS, E DEDICADAS POR D.G.L. D’ANDRADE: COM O MESMO OBJECTO Á REGENERADA NAÇÃO PORTUGUEZA, E OFFERECIDA AOS SEUS DIGNOS REPRESENTANTES. Lisboa. Na Typographia Rollandiana. 1822.VIII – 217 – (4) pp. 18, 3 cm x 11,6 cm. E.
Importante obra do jurista espanhol Ramon de Salas y Cortez (1754 – 1827), considerada pelo Professor António Hespanha “o primeiro livro sobre o direito constitucional publicado em Portugal”. Ramon Salas, natural de Zaragoza, foi um notável jurista cujo percurso foi marcado pelas suas ideias progressistas e pelas perseguições que sofreu pela Inquisição. No prefácio Salas refere-se à inevitabilidade da mudança política em Espanha, afirmando que nas mãos “de muitos jovens” circulavam as obras de Montesquieu, Beccaria, Rosseau, do Abade de Malby ou de Filangieri e que esses livros haviam de produzir o seu efeito. Salas compara ainda a Constituição de 1812 a outras, dizendo que a de Cádis poderia apenas ser superada pela dos Estados Unidos da América. A obra abre com uma explicação sobre o que é uma Constituição e qual a necessidade da sua existência, passando depois a outros capítulos como a “Liberdade Individual”, “Liberdade de Imprensa”, etc. Sobre Diogo de Goes Lara de Andrade, o tradutor desta obra, diz-nos o seguinte Innocêncio Tomo II do seu Diccionario Bibliographico Portuguez de Innocêncio (pp. 159): “Bibliothecario da Bibl. Publica rio Porto, Juiz da Alfândega da ilha do Fayal, e ultimamente Director das Alfândegas do sul do reino. Tenho procurado, até agora debalde, noticias da sua naturalidade e mais circunstâncias, e sei apenas que morreu em Setúbal a 3 de Abril de 1844 (…)”. No Tomo IX do Diccionario (p.125) é acrescentado um dado relativo à sua naturalidade: “O sr. Varnhagen me affirmou ter ouvido da bôcca do próprio Lara de Andrade, a declaração de que nascera no Rio de Janeiro.” Por curiosidade fizemos algumas pesquisas que nos permitiram saber um pouco mais sobre este autor e divulgador do Direito Constitucional em Portugal. Digo de Goes Lara de Andrade era filho de José Gois da Ribeira Lara de Morais e de D. Tibúrcia Barreto Falcão. O seu pai é possivelmente a mesma pessoa que aparece identificada em diversos documentos como tendo nascido em São Paulo, sendo depois nomeado Ouvidor do Sabará e residente em Lisboa no final da década de 1770. Do prefácio do tradutor percebemos que Diogo de Goes Lara de Andrade viveu em Paris, onde em 1819 deu à estampa o “Catecismo Político da Constituição Hespanhola”. Já deveria residir em Paris pelo menos desde 1814 pois nesse ano foi agraciado com a Ordem da Flor de Lis. Em 1821 pede para ser autorizado a usar a insígnia da Ordem em Portugal. Nesse mesmo ano pede para acrescentar “Andrade” ao seu nome por pertencer a um seu ascendente próximo que se distinguiu ao serviço da Coroa. Em 1824 é nomeado Juiz da Alfândega do Faial e, mais tarde, por volta de 1833, é nomeado Bibliotecário da Biblioteca Pública do Porto sendo depois é redactor do “Diário do Governo”. Conforme é referido por Inocêncio e já foi referido neste texto, terá voltado a exercer cargos nas Alfândegas e morreu em 1844. Exemplar encadernado. Encadernação inteira de pele. Pico de traça na capa e no pé das pp. I a XLV, sem afectar o texto. Pico de traça na margem da folha de anterrosto, sem afectar o texto. Mancha no pé das pp. 113/114. Restante interior em bom estado de conservação. Raro. VENDIDO. |
8627 - Simonde de Sismondi, J. C. L. – ÉTUDES SUR LES CONSTITUTIONS DES PEUPLES LIBRES. Bruxelles. H. Dumont, Libraire-Éditeur. 1836. III – 311 pp. 24, 5 cm x 16, 5 cm. B.
Interessante estudo em que são comparados os diversos sistemas e formas de governo. A obra divide-se nos seguintes capítulos: Introduction; Des Pouvoirs que le peuple peut ou doit conserver; Des Pouvoirs indépendants du peuple (com subcapítulos sobre o poder nas monarquias, nas repúblicas, conservadorismo, etc); Dés progrès des peuples vers la liberte. Simonde de Sismondi (1773 – 1842) foi um historiador e economista suíço cujos escritos influenciaram Marx, Owen, Rosa Luxemburgo, etc. Conserva as capas de brochura. Lombada com defeitos. Um pouco manuseado Preço: 40 euros. |
8604 - Silva, Agostinho da, - BREVE ENSAIO SÔBRE PERSIO. Lisboa. Tip. da Cooperativa Militar. 1929. 52 pp. 19 cm x 12 cm. B.
Supomos ser esta a primeira obra publicada por Agostinho da Silva, a que se seguiu a sua tese de doutoramento, publicada também no mesmo ano. Exemplar com capas de brochura. Capa um pouco amarelecida no pé. Contracapa com corte e amarelecida junto à lombada e à cabeça. Interior em bom estado geral de conservação. Raro. VENDIDO. |
8623 - VIDA PUBLICA E PRIVADA DE Mr. DE TALLEYRAND. TRADUZIDA POR ***. Lisboa. Typ. de Francisco Xavier de Souza. 1849. 4 VOLUMES. 270pp; 244 pp; 219 pp; 241 - XII pp; 16, 5 cm x 11, 5 cm. B.
Biografia de Monsieur de Talleyrand (1754 – 1838), uma das figuras mais controversas da política francesa e europeia do seu tempo. Capaz de adoptar ou defender princípios e valores contraditórios, Talleyrand serviu diversos regimes franceses num dos períodos mais conturbados da história daquele país. A versão portuguesa da biografia desta “rapoza” não deixou indiferente os leitores portugueses e terá conhecido um certo sucesso, como atestam as XII páginas onde se indicam os subscritores (de diversas cidades do país, como Alvor, Anadia, Borba, Porto, Lisboa, Lamego, Vila Real, Silves, Lagos, etc). Exemplares com capas de brochura. Interior em bom estado geral de conservação. VENDIDO. |
POLÍTICA
8643 - Anselmo, Manuel – SOBRE A DECLARAÇÃO DE VOTO DE SUA EXª. REVERENDÍSSIMA O SENHOR BISPO DO PORTO. 78 pp. 18, 7 cm x 13 cm. B.
Neste trabalho, inserido nos “Cadernos de Manuel Anselmo”, o autor faz a defesa das posições da ditadura salazarista relativas aos direitos dos trabalhadores criticando a posição que então teve o Bispo do Porto sobre esta matéria. Exemplar em bom estado geral de conservação. VENDINDO |
8642 – AO POVO DE PAÇOS DE FERREIRA. 1917. 1 fl. 49, 7 cm x 17, 4 cm. B.
“Hontem como hoje Paços de Ferreira vive sob a ameça aterradora da fome, produto do criminoso desleixo e reconhecida incompetência de quem nos tem admistrado (…)”. Abre assim este panfleto sobre a carestia de vida em Paços de Ferreira onde são denunciadas várias situações que então afectavam aquele concelho. Manuseado. Com um furo ao centro (ver imagem). Com vincos. Raro. VENDIDO. |
8639 – Barbosa, Manuel – INFRA-ESTRUTURAS CULTURAIS DOS AÇORES. Ponta Delgada. 1973. 13 fl. (26 pp) 29, 5 cm x 21 cm. B.
“Tese apresentada ao congresso da Oposição Democrática realizado em Aveiro em Abril de 1973” em que o autor procura demonstrar as causas do “marasmo e hermetismo social” em que o arquipélago se encontrava no que à cultura diz respeito. Para esse efeito, Manuel Barbosa começa por fazer um enquadramento sobre a história dos Açores para depois apontar as causas da astenia do panorama cultural açoriano. Exemplar policopiado. Impresso apenas na frente, ficando o verso das páginas em branco. Com um vinco ao centro. Agrafado. Em bom estado geral de conservação. VENDIDO. |
5387 - Chaves, Astrigildo - A NETA DO GAMA NO ALJUBE. Lisboa. A. de Almeida Costa Editor. [1912?]. 34 págs. 22 cm. B.
Opúsculo em que é feita a defesa de D. Constança Telles da Gama (filha do 1º Conde de Cascais) presa na cadeia do Aljube por conspiração contra a República. Exemplar desencadernado. Sem contracapa. Interior em bom estado geral de conservação. Preço: 12 euros. |
2034 – O ESTADO NOVO. PRINCÍPIOS E REALIZAÇÕES. Lisboa. SPN. 1944. 106 pp. 19, 2 cm x 14, 8 cm. B.
Terceira edição desta publicação propagandística do Estado Novo onde são partilhados diversos tópicos relativos à política da Educação, da Ordem, Corporativa, etc. Exemplar com vinco na capa. Pequenos vincos nas pp. 79/80, restante interior em bom estado geral de conservação. Preço: 10 euros. |
8601 - Oliveira, Álvaro de – CORJA. Porto. Edição de Autor. 1908. 16 pp. 18, 2 cm x 11, 6 cm. E.
Publicação contestatária de Álvaro Oliveira Toste Neves (1883 – 1948), bibliotecário, arquivista e escritor. “A Corja são todos. Burgueses viciosos, maltrapilhos que riem, capitalistas insatisfeitos, indivíduos que choram, intrujões que sobem, sinceris que estacionam, bons que descem, creaturas invejosas e irritantes, famílias que se prostituem, moralistas parvos que roubam à lama figurinhas os atraiçoam. Bispos que blasfemam, hereges que respeitam a religião, reis e vagabundos, autocratas e lacaios, mulheres honradas e mulheres perdidas, cavadadores e ministros, fidalgos e plebeus, milionários e mendigos, enfartados e famintos. Eis a Corja”. Encadernação com a lombada em pele. Lombada com sinais de desgaste e pequenas perdas. Interior em bom estado de conservação. Preço: 16 euros. |
8640 - Oliveira, Augusto da Mata e Silva – GRITO DE ALARME. URGE IMPEDIR A DESNACIONALIZAÇÃO DAS COLÓNIAS…Lisboa. Imprensa Beleza. 1929. 30 – (2) pp. 23 cm. B.
“Contra-minuta do apelado José Parreira pelo Advogado José Augusto da Mata e Silva Oliveira”. Em causa neste processo estava a suspensão das delibrações da Assembleia Geral extraordinária da Companhia de Cabinda para reforma dos estatutos. A questão envolve o papel de uma empresa Belga na Companhia de Cabinda e o advogado transforma o processo numa acção patriótica e nacional. Exemplar manchado e manuseado. Preço: 8 euros. |
8462 – Proença, Raul – PANFLETOS. I A DITADURA MILITAR. 66 – (2) pp. 19 cm x 12, 7 cm. B.
“Não obedecerão estes PANFLETOS nem a periodicidade certa, nem a objectivo determinado (…) Não recuarão ante nenhuma força: nem a dos músculos, nem a do número, nem a da tiragem, nem a das armas (…). Decidi-me a viver. No perigo? Talvez. Mas acima de tudo na ânsia de me dar – no desejo de pôr sobre este Charco imundo uma espada coruscante, uma chama a arder…”. A obra aqui apresentada é o primeiro panfleto desta série publicada por Raúl Proença (1884 – 1941) contra a Ditadura Militar. O seu papel contra a ditadura levá-lo-ia ao exílio em 1927. Com uma dedicatória de Raul Proença. Capas um pouco sujas. Manchado no pé das pp. 1 a 33. Com algumas emendas manuscritas (provavelmente feitas pelo autor). Restante interior em bom estado geral de conservação. VENDIDO. |
8641 - Rego, Raul - PARA UM DIÁLOGO COM O SR. CARDEAL PATRIARCA. Lisboa. Edição do autor. 1968. 44 págs. 19 cm. B.
Obra de Raul Rego em que é publicada a correspondência trocada entre Rego e o Cardeal Patriarca a propósito de uma palestra do Patriarca transmitida na Emissora Nacional… O livro foi de imediato proibido tendo, contudo, conhecido ampla circulação. Exemplar não encadernado. Com uma dedicatória não identificada para Morais Calado, democrata aveirense. Capa com alguma acidez e pequenos defeitos. Interior em bom estado de conservação. VENDIDO. |
LITERATURA. ESCRITORAS SÉCULO XIX/XX.
6170 - Andrea, D. Maria Benedicta de Sousa Soares de – POESIAS. Lisboa. Imprensa Nacional. 1878. V – 221 pp. 20, 5 cm x 12 cm. E.
Livro de poesias de D. Maria Benedicta Soares de Andrea (1788 – 1880) sobre o qual Pinheiro Chagas, no prologo que abre este livro, disse o seguinte: “O livro que tenho de prefaciar é sem duvida um dos mais curiosos que há muito tempo se têem publicado. Firma-o o nome de uma senhora, que, tenhdo chegado à provecta idade de noventa e tantos anos, e conservando ainda tão viva como na sua mocidade a luz do seu inteligente espírito, colecionou os seus versos e pode colocar, privilégio raríssimo, ao lado de poesias contemporâneas da Marquesa de Alorna, versos contemporâneos deda sra. D. Maria Amália Vaz de Carvalho (…)”. Tal como afirma Pinheiro Chagas, o livro é o testemunho de um século. A autora afirma que algumas das poesias foram escritas na década de 20, mas que a política daquele tempo a forçou à sua destruição. O livro abre com o poema “Ao dia 24 de Agosto de 1820” e continua, indiferente ao tempo, com poesias cujo o estilo nos remete para os anos 20 a 40 do século XIX, acabando com um poema escrito por ocasião da morte do Visconde de Castilho. A juntar a estes poemas acrescenta “Theatro de Voltaire – Versões”. Com uma dedicatória do filho da autora. Encadernação sólida com a lombada em pele. Conserva as capas de brochura. Interior em bom estado de conservação. VENDIDO. |
7875 - Carvalho, Maria Amália Vaz de – CHRONICAS DE VALENTINA. Lisboa. Tavares Cardoso & Irmão. 1890. XVIII – 351 pp. 18 cm x 11, 3 cm. E.
Livro de crónicas de Maria Amália Vaz de Carvalho (1847 – 1921) em que são tratados diversos escritores, livros e temas como “Soror Mariana” (de Luciano Cordeiro), Chalres Darwin, Tolstoi, Dostoievsky, Henri Martin, “A eterna questão do amor”, etc. Com uma carta prefácio de Ramalho Ortigão. Encadernação editoral, um pouco cansada. Com uma dedicatória de oferta na folha de anterrosto. Manuseado. VENDIDO. |
2638 - Castilho, Alexandre Magno de – ALMANACH DE LEMBRANÇAS LUSO-BRASILEIRO PARA 1856. Lisboa. Typographia Universal. 1855. 12 cm x 8, 5 cm. E.
Número do “Almanach de Lembranças” em que é dado um particular destaque a algumas das suas colaboradoras pois, logo a abrir o volume, encontramos a seguinte indicação: “Senhoras cujos nomes honrão as paginas do presente Almanach – Ilmas Exmas. Sras. D. Anna Amalia de Sá, D. Antonia Gertrudes Pusich, D. Julia…, D. Maria Candida P. V., D. Maria do Patrocinio de Sousa, D. Maria José da Silva Canuto, D. Maria Peregrina de Sousa, D. Maria Rita Collaço Chiappe, D. Mathilde Coelho Penstana, Obscura Portuense, D. Peregrina J. da Silva Benevides . Soror Dolores”. Encadernação modesta com a lombada em sintético. Interior em bom estado geral de conservação. VENDIDO. |
8609 - Castro, Aurora Teixeira de – MEALHAS. Porto. 1927. 49 pp. 20, 3 cm x 14 cm. E.
“Conceitos Literários, Artísticos e Scientíticos” dados à estampa por Maria Aurora Teixeira de Castro (1891 – 1938), uma das primeiras mulheres a exercer advocacia em Portugal e, tanto quanto se sabe, a primeira Notária portuguesa. Aurora Teixeira de Castro fez parte da Maçonaria, integrou vários movimentos feministas e sufragistas. Nesta obra partilha uma série de pensamentos sobre amor, música, natureza, direitos das mulheres, sobre literatura (com um capítulo dedicado a Camilo), sobre aviões, beijos, pintura, etc. Tiragem de 500 exemplares assinados pela autora. Encadernação inteira de pele com o título e nome da autora gravados na pasta. Conserva as capas de brochura. Interior em bom estado de conservação. VENDIDO. |
6974 - Cunha, Maria da – TRINDADES. Lisboa. Guimarães Editores. 1909. 149 pp. 17, 5cm x 11 cm. E.
Primeiro livro de poesias de Maria da Cunha (1871 – 1917), escritora, jornalista e pioneira na defesa dos direitos das mulheres. Este seu primeiro livro de poesias iria ter uma crítica favorável do Conde de Monsaraz e de Júlio Dantas, o que lhe valeria uma certa notoriedade. O reconhecimento público e o que seria o início de uma carreira no ensino e nas letras. “desgostos gravíssimos, privações, intrigas, e emulações de mulheres que escrevem” fizeram-na rumar ao Brasil (ver Castro, Zilia de; Esteves, João – Dicionário no Feminino. Livros Horizonte 2005 pp. 631). A este facto não terá sido alheio o seu possível relacionamento amoroso com Virginia Quaresma. No Brasil conheceu algum sucesso como tradutora, jornalista e escritora. Morreu em São Paulo em 1917. Destas suas “Trindades” transcrevemos o seguinte poema: “Regresso – Transpus o rio azul da fantasia/Na gôndola opalina das quimeras/Atravessei estios, primaveras, /Á enamorada luz do fim do dia./Da torre do luar e da harmonia,/Em horas, tristes como o goivo e as heras/Eu vi a Natureza, a flôr e as feras/O verme e aluz, o ninho e a terra fria/Andei, subi…Agora é já notinha! Com o medo à negridão que se avizinha/Recolhem-se a tremer, sonhos, saudades…E a braca das quimeras volta ao porto/Em quanto vibra ainda no ar absorto/A derradeira nota de trindades”. Encadernação com a lombada em pele. Conserva as capas de brochura. Com uma dedicatória de oferta na folha de anterrosto. Em bom estado de conservação. VENDIDO. |
4666 – Torrezão, Guiomar – ROSAS PALLIDAS. Porto. Livraria Portuense Editora. 1877. 339 pp. 19 cm x 13 cm. B.
É esta a “2ª edição com retrato” desta popular obra de Guiomar Torrezão (1844 – 1898), publicada originalmente em 1873. Guiomar Delfina de Noronha Torresão foi uma das mais notáveis figuras femininas da cultura portuguesa do século XIX. Publicou diversas obras, manteve uma constante relação com o teatro e com o jornalismo, colaborando em diversas peças e periódicas e foi uma presença assídua nas diversas dimensões da cena cultural portuguesa até aos últimos anos da sua vida. Colaborou com figuras como Henrique Zeferino, Fialho de Almeida, Columbano, entre outros. Com um retrato de Guiomar Torresão a abrir o volume. Conserva as capas de brochura. Com uma assinatura de posse à cabeça da capa. Interior um pouco manuseado mas em bom estado geral de conservação. VENDIDO. |
De boletins anteriores ainda se encontram disponíveis as seguintes obras:
4566 - Silva Pinto, António José da – NOVOS COMBATES E CRITICAS. 1875-1884. Porto. Typographia de Antonio Jose da Silva Teixeira. 1884. XV- 403 – (2) pp. 24 cm x 15, 8 cm. B.
Curiosa obra de Silva Pinto (1848-1911 ), escritor e crítico literário (conhecido por ter organizado o “Livro de Cesário Verde”), em que são abordados diversos assuntos. No plano da crítica literária é traçado o perfil de Ramalho Ortigão, Luciano Cordeiro, Latino Coelho, Pedro Ivo, Guiomar Torrezão, entre outros. Das experiências pessoais e visões sobre diversos assuntos que Silva Pinto explana neste livro merce destaque o capítulo “No Brazil – Notas de Viagem. 1879) em que o autor partilha as impressões de uma passagem pelo Brasil abordando assuntos que vão desde a emigração até à literatura, passando por vários aspectos da vida cultural e social. Num longo capítulo intitulado “Escaramuças”, Silva Pinto trata dos mais variados temas (que vão desde os seus considerandos sobre o funcionamento da alfândega do Porto até a uma comparação entre o Conselheiro Acácio e o 2º Visconde de Benalcanfor). É ainda de dar nota de um obituário inserido no final do volume relativo a Ventura Ruiz Aguilera, Ernesto Biester, Nogueira Lima, Guilherme d’Azevedo e Emília das Neves. Exemplar não encadernado. Com capas de brochura. Um pouco manchado à cabeça. Restante interior em bom estado geral de conservação. Preço: 15 euros. |
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3374 - CAEREMONIALE EPISCOPORUM IUSSU CLEMENTIS VIII…Venetiis. Ex Typographia Nicolai Misserini. 1600- [4] – 131 fol. 22 cm x 16, 5 cm.
*4 A – Z //4 ; Aa-Kk//4 CAERIMONIALE EPISCOPORUM IVSSU CLEMENTIS VIII. PONT. MAX. NOVISSIME REFORMATUM”, é um trabalho de grande interesse por representar uma reforma do cerimonial litúrgico de acordo com as disposições do Concílio Tridentino. A obra encontra-se dividida em duas partes: “Liber Primus. De Habitu et Aliis Agendis per Episcopos nuper electos” e “Liber Secundus de Vesperis Solemnibus Episcopo in Crastinum Celebraturo” No final do “Liber Primus” e ao longo do “Liber Secundus (…)” encontram-se diversas partituras. Obra impressa a duas cores. Com uma gravura alusiva ao Concílio de Trento a separar o “Liber Primus” do Liber Secundus” Exemplar encadernado. Encadernação antiga inteira de pele mosqueada. Assinatura de posse na folha de rosto. Perda de texto provocada por queimadura à cabeça dos fólios T e T2. Com sublinhados. Com pico de traça que não afeta o texto da pp. 99 até ao final do volume. Interior manuseado e com manchas ocasionais. Preço: 250 euros. |
3700 - Conceição, Manoel da (Frei) - CEREMONIAL SERAFICO, E ROMANO PARA TODA A ORDEM FRANCISCANA E EM ESPECIAL DA PROVINICA DOS ALGARVES DIVIDIDO EM VINTE TRATADOS DE CORO, E ALTAR COM OUTROS MUITOS ACTOS SOLEMNES DA RELIGIÃO...PRIMEIRA E SEGUNDA PARTE POR FREI MANOEL DA CONCEIÇÃO, FILHO DA SANTA PROVÍNCIA DOS ALGARVES, E VIGARIO DO CORO JUBILADO NO CONVENTO DE S. FRANCISCO DE XABREGAS...Lisboa Occidental. Na Officina da Musica. 1730. [18] - 490 - 410 pp. 28 cm x 18, 2 cm E.
Obra da autoria de Frei Manuel da Conceição “natural de Lisboa, e filho de Gapar Dias e Maria Gonzalves. Profefou o severo instituto dos Frades Menores da Provincia dos Algarves em o Convento de S. Francisco de Évora a 17 de Março de 1703. Foy muitos annos Vigário do Coro do Convento de Enxobregas, e Guardião do mesmo Convento. Aplicou-se com particular desvelo ao estudo das Cerimonias Ecclesiasticas. Falleceo com evidentes sinaes de Predestinado a 14 de Março de 1745.” (Barbosa Machado, Bibliotheca Lusitana, Tomo III pp. 228). Exemplar encadernado. Encadernação inteira de pele. Algumasmanchas não muito acentuadas no pé das páginas (acentuam-seapenas no final do volume sem por em causa a leitura da obra). Raro. Preço: 220 euros. |
4510 - Leal, Manuel Pereira da Sylva – DISCURSO APOLOGETICO, CRITICO, JURIDICO, E HISTORICO EM QUE SE MOSTRA A VERDADE DAS DOUTRINAS, FACTOS E DOCUMENTOS, QUE AFFIRMOU, E REFERIO NA CONTA DOS SEUS ESTUDOS, QUE DERA NA ACADEMIA REAL, NA CONFERENCIA DE 8 DE NOVEMBRO DE 1731. A RESPEITO DO SACRO, PONTIFICIO, E REAL COLEGIO DE S. PEDRO, O DOUTOR MANOEL PEREIRA DA SYLVA LEAL, JURISCONSULTO ULYSSIPONENSE, COLLEGIAL DO MESMO COLEGIO, DEPUTADO EXTRAORDINARIO DO SANTO OFFICIO, LENTE DE CANONES NA UNIVERSIDADE DE COIMBRA, CAVALLEIRO DA ORDEM DE CRISTO, ACADEMICO DOS CINCOENTA DA ACADEMIA REAL. OFERECE-O, E RECITOU PARTE DELLE, DANDO TAMBEM CONTA DOS SEUS ESTUDOS NA MESMA ACADEMIA, NA CONFERENCIA DE 8 DE JANEIRO DE 1733. Lisboa Occidental. Na Officina de Joseph Antonio da Sylva. 1733. [6] – 599 – [2] págs.30 cm. x 20,3 cm. E.
Discurso publicado com o intuito de refutar algumas acusações feitas aos administradores do Colégio de S. Pedro na cidade de Coimbra numa outra obra, editada pouco tempo antes por D. Diogo Fernandes de Almeida (Principal da Igreja Partiarcal e Académico da Academia Real de História Portuguesa e encarregado de escrever as memórias do Bispado de Miranda). As acusações feitas por D. Diogo Fernandes de Almeida eram, grosso modo, as seguintes: Que o Colégio de S. Pedro é desconhecido dos favores do seu fundador e instituidor (Rui Lopes de Carvalho, que tomou o nome de D. Rodrigo de Carvalho quando foi provido no Bispado de Miranda); Que à nobilíssima família do instituidor (então assistente na cidade de Lamego) pertencia o provimento das Becas do Colégio de São Pedro; Que o Colégio de São Pedro arroga para si indevidamente os epítetos de Pontifício e Real; Que o Reitor da Universidade de Coimbra, D. Álvaro da Costa, lhe deu estatutos por ordem da Mesa da Consciência e Ordens, pelo que se pediu comissão ao Coleitor por ser o Colégio comunidade eclesiástica, etc. Todas estas acusações foram rebatidas em sete extensos capítulos pelo autor da obra aqui apresentada, Manuel Pereira da Silva Leal, Académico da Academia Real de História Portuguesa (encarregado de escrever as memórias do Bispado da Guarda), Lente na Universidade de Coimbra e Colegial de S. Pedro. A refutação de Manuel Pereira da Silva Leal, que constitui o cerne desta obra, é valiosa no que toca a informações históricas sobre a constituição e evolução do Colégio de São Pedro da cidade de Coimbra, fundado em 1545 pelo já referido Rui Lopes de Carvalho e extinto em 1834. A título de exemplo refiram-se os capítulos sobre as armas do Colégio, visitas ao Colégio, a lista de colegiais entre 1632 e 1634 ou um subcapítulo referindo as cores das becas e das opas usadas pelos colegiais, entre muitos outros. Esta obra também se destaca pela sua primorosa execução gráfica. Impressa em bom papel e mantendo grandes margens o livro é adornado por vinhetas dos artistas Guillaume François Laurent de Brié e de Pedro de Rochefort. Estas vinhetas são usadas para abertura e encerramento de capítulos e também para a composição das letras maiúsculas de abertura de capítulos. Exemplar encadernado. Encadernação antiga inteira de pele. Interior em muito bom estado de conservação, ainda que por vezes apresente algumas manchas de acidez (que causaram pequenos danos nas páginas 206/7, 322/23 e 385/86). O exemplar apresenta uma assinatura de posse antiga na folha de anterrosto. Pouco frequente. Preço: 180 euros. |
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4340 - [GAIA. PORTO. INDÚSTRIA. MOAGEM.] - LIVRO DE VENDA DA FÁBRICA MECÂNICA [DE EUGÉNIO FERREIRA PINTO BASTOS]. 1858. 102 fl [204] pp. 33, 5 cm x 23 cm. E.
Livro de contas da “Fábrica Mecânica” relativo ao ano de 1858. Trata-se de uma fábrica de moagem que produzia e vendia pão, “bolachinha”, “bolachinha de embarque”, farinha e farelo, “biscouto”, etc. O livro é um documento rigoroso, assinalando os depósitos e indicando o nome de alguns comerciantes que vendiam os produtos da fábrica (S. Francisco, Porta d’ Olival, Batalha, Cedofeita, Rua do Almada, etc), o número de produtos que era remetido para esses depósitos, os produtos que eram devolvidos pelos depósitos e comerciantes, etc. Toda esta análise contabilística era feita com um grande detalhe e com uma periodicidade mensal. Atendendo à localização dos depósitos (em várias ruas do Porto), ao tipo de produtos vendidos e e à rubrica “Pinto Basto” no final do livro, podemos afirmar com segurança que este livro é da “Fábrica Mecânica” de Gaia, propriedade de Eugénio Ferreira Pinto Basto descrita por Pinho Leal nos seguintes termos: “fabrica mecânica de moagem, pão de trigo e bolachas, do Sr. Eugénio Ferreira Pinto Bastos, movida a vapor” A valia de um documento desta natureza para o estudo da história industrial e da moagem em Portugal é, sem margem para dúvidas, inestimável, dada a raridade destes documentos e uma vez que permite uma série de análises e de estudos sobre esta matéria (que, a titulo meramente exemplificativo, podem ir desde a análise do consumo de pão numa determinada zona, até a estudos económicos sobre este tipo de indústria). Exemplar encadernado. Encadernação modesta com a lombada em pele. Lombada um pouco deteriorada. Interior em bom estado de conservação. Preço: 250 euros. |
6379 - [FILOSOFIA. MANUSCRITO] – SYSTEMA ═ HISTORICO, CRITICO – ECCLETICU DE APPARATU AD FHIAM, ET LOGAM UBI NONX OMNIB OMINA, SED QUOQUE MELIORA VIDENTUR SUM ARTI, CUM ALIORU PHILORUM PORCIPUÈ RECENTIORU PLACITA SECTÃTUR, ET OBSQUUNTUR. 1769. 189 pp. 21 cm x 14, 5 cm. E.
Caderno de estudo da disciplina de Filosofia conforme se depreende da nota deixada pelo autor em que afirma “Ingressus fui Fhylosophiam XII Kalendas Novembris anno MDCCLXIX”. O trabalho divide-se nos seguintes capítulos principais: - Pars prima logicae, qo. perceptio vocatur - Pars alia logo qo. judium vocatr - Tertia Logo pars Deratiociantione sive discursu - Logica pars quarta de Methodo Uma das propostas de tradução do título desta obra é reveladora da sua natureza: “Sistema histórico-crítico-eclético. Sobre o aparato para a theologia e lógica onde não só [?] se vêem todas as coisas de tudo, mas também as melhores, quer de Aristóteles, quer de outros filósofos; seguem-se e respeitam-se principalmente as máximas dos mais recentes.” Se, como é provável, este manuscrito for português e estiver relacionado com a Universidade de Coimbra, constitui um interessante testemunho sobre a forma como esta disciplina era lecionada no período que precedeu a Reforma Pombalina (de 1772). Exemplar encadernado. Encadernação inteira de pele mosqueada. Pico de traça que atravessa todo o volume, tocando o texto. Restante interior limpo e em bom estado geral de conservação. Preço: 280 euros. |
4233 - Valdez, Manuel do Canto e Castro Mascarenhas – DICCIONARIO ESPAÑOL-PORTUGUÉS. EL PRIMERO QUE SE HA PUBLICADO…Lisboa. En la Imprenta Nacional. 1864 – 1866. 3 Volumes. 959 pp; 1082 pp; 1068 pp. 23, 5 cm x 15 cm. E.
“Diccionario Español-Portugués, el primero que se ha publicado con las voces, frases, refranes y locuciones usadas en España y Americas Españolas, en el linguaje comum antíguo y moderno. Las ciencias y artes, de medicina, veterinaria, química, mineralogia, historia natural y botânica comercio y nautica (…)”. Apresenta-se assim este que, de acordo com a informação presente no título, terá sido o primeiro dicionário do género, onde são notórias as preocupações de dar ao trabalho uma componente que não deixasse de fora a linguagem técnica nas mais diversas áreas. Ver Palau vol. II pp. 42 Exemplares encadernados. Encadernações antigas, inteiras de pele. Com rótulos vermelhos onde se encontram inseridos os títulos e o nº do volume. Interior com alguma acidez mas em bom estado geral de conservação. Raro. Preço: 135 euros |
4441 - [FÁBULAS. ENSINO] - Xavier, Francisco – RUDIMENTA LITERARIA, STUDIOSAE JUVENTUTI OPUS EXCULTUM: QUOD IN DUAS PARTES DIVISUM…Lisboa. Ex. Typographia Antonii Pedrozo Galram. 1722. (16) – 244 pp. 18, 5 cm x 13, 5 cm. B.
Obra da autoria do Padre Francisco Xavier natural de Lisboa (onde nasceu em 1685), egresso na Congregação do Oratório. Innocêncio, que não apreciava o estilo do Padre Francisco Xavier, deixa-nos uma nota biográfica algo lacónica no seu Diccionario Bibliographico Portuguez (Tomo III, pp. 83): Entrou na Congregação do Oratório da villa de Extremoz aos 15 anos de edade; porém largando a roupeta, passou ao estado de Presbytero secular, e foi por muitos annos confessor das religiosas do convento de Marvilla.—N. em Lisboa, a 2 de Dezembro de 1685, e ignora-se a data do seu óbito. Parece que ainda vivia em 1759” Das Licenças do Santo Officio retiramos o seguinte excerto: “Neste livro se achão muitas liçõens, regras, e doutrinas elegantemente curiosas, para os que empreenderem, e aprendererem a ser consumados na língua Latina; e na Segunda Parte se achão indagadas das as origens das fabulosas antiguidades para instrucção dos Humanistas; que suposto sejam Gentilicas, também das cousas profanas se tiram argumentos para seguir e abraçar as Divinas”. A “Pars Secunda - Relaçam compendiada das principaes fabulas poéticas sobre os fingidos deozes, e ídolos da Gentilidade” é, sem dúvida, bastante interessante uma vez que é um pequeno dicionário de mitologia clássica (grega e latina) com curiosas descrições dos deuses e ídolos da antiguidade. Exemplar encadernado. Encadernação antiga inteira de pele mosqueada. Marca antiga de posse na folha de rosto. Interior em bom estado geral de conservação ainda que apresente uma mancha que atravessa todo o volume (ver imagem). Preço: 60 euros. |
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