|
1 - Castelo Branco, Camilo – AMOR DE PERDIÇÃO. Porto. Em casa de N. Moré Editor. 1862. XI-249 págs. 19,5cm.E.
Primeira edição deste que é sem margem para dúvidas o romance mais famoso de Camilo Castelo Branco. Sobre esta obra já se escreveram inúmeras palavras de apreço e de crítica. Sobre a crítica, fruto de uma mudança de gosto e de estilo na literatura portuguesa de então, é o próprio Camilo Castelo Branco que, no prefácio da quinta edição, nos dá nota do novo tempo que havia chegado: “Dizem, porém, que o Amor de Perdição fez chorar. Mau foi isso. Mas agora, como indemnisação, faz rir; tornou-se cómico pela seriedade antiga, pelo raposinho que lhe deixou o ranço das velhas historias de Trancoso e do padre Theodoro d'Almeida...”. Contudo, vários anos depois, Miguel de Unamuno afirmava que Amor de Perdição era “la novela de pasión amorosa más intensa y profunda que se haya escrito en la Península y uno de los pocos libros representativos de nuestra común alma ibérica”. Estamos portanto perante uma das obras imortais da literatura portuguesa. Exemplar com sólida encadernação em pele, com filetes e motivos decorativos a dourado nas pastas. Lombada decorada com dourados e com três vinhetas identificativas do autor, nome da obra e edição. Este exemplar apresenta as seguintes imperfeições e elementos a assinalar: uma mancha na folha de anterrosto e no rosto, um furo provocado por matéria incandescente que afecta a “Dedicatória” e as três páginas seguintes (ver folha de rosto), uma assinatura de posse no verso da folha de anterrosto, prefácio, bem como rubricas nas págs. 94 e 95, perda de papel que não afecta o texto no pé de página (págs. 79/80), restauro no canto superior direito das págs 125/26 e corte sem perda de papel nas págs. 217/18. Sem capas de brochura. Restante miolo em geral bom estado. Obra muito rara e procurada. VENDIDO. |
2 - Castelo Branco, Camilo - O MARQUÊS DE TORRES NOVAS. DRAMA EM CINCO ACTOS E UM EPÍLOGO POR CAMILO CASTELO BRANCO. Porto. Typografia do Nacional. 1849. 173 - I págs. 19cm.
Segundo, e último, drama histórico de Camilo - o primeiro fora Agostinho de Ceuta (ver nº 08)- saiu como edição de autor da Tipografia de O Nacional, jornal anti-cabralista do Porto, que era a de Faria Guimarães. Tem dedicatória a Maria Browne, cuja casa era centro literário frequentado por Novais, Arnaldo Gama, Ricardo Guimarães e o próprio Camilo. O fundamento, diz Camilo, veio-lhe dos Anais de D. João III, de Frei Luís de Sousa, mas encontra-se em outras obras do tempo, de tão importante que foi. Pretendia o marquês de Torres Novas, D. João de Lancastre - depois Duque de Aveiro e filho de D. Jorge, o Duque de Coimbra legitimado por D. João II – contrariar a decisão régia do casamento de D. Guiomar Coutinho, herdeira das casas Marialva e Loulé, com o Infante D. Fernando, alegando matrimónio que com ela tivera, secretamente; o marquês foi preso e houve longo processo que abonou a régia decisão. Mas a verdade histórica, pincelou-a Camilo de ficção: acrescentou, além do mais, a força do passado como motor de vingança. Representada no Porto, em 1855, no teatro Camões, teve segunda edição por Francisco Gomes da Fonseca, em 58, de que já não consta dedicatória; e o mesmo caso foi tratado, pouco depois, por Bernardino Pinheiro, sob a forma de romance histórico, na Revista Contemporânea de Portugal e Brasil (Luiz Francisco Rebello, O teatro de Camilo, p. 34-38). Exemplar encadernado. Encadernação recente, à amador, com a lombada e cantos em pele. Lombada decorada com ferros a ouro. Miolo em bom estado, com alguns picos de acidez. Dedicatória impressa a D. Maria Felicidade de Couto Browne. Preço: 325 euros. |
3 - Castelo Branco, Camilo – O CALECHE. FOLHETIM ESCRIPTO PELO SNR. CAMILO CASTELO BRANCO, PUBLICADO NO NACIONAL DE 19 DE DEZEMBRO. Porto. Typ. de J. Lourenço de Sousa-. 1849. 15- I págs. 19.5cm. E.
Espécie raríssima nesta primeira edição. Rara e pequena brochura, aglutinação anunciada de dois artigos, ambos dos finais de 49: um, publicado em A Nação, que pedia a demissão de Costa Cabral, Conde de Tomar desde 1845, “por dar uma comenda por um caleche”, e outro, folhetim de Camilo, O último ano de um valido, continuação (ou sub-título) de Fragmento de um drama do futuro, de O Nacional. A edição, e talvez a iniciativa, terá sido de Gonçalves Basto, amigo de Camilo, que era o proprietário do referido O Nacional, acérrimo opositor do cabralismo, pelo que o dito jornal fora assaltado (Alexandre Cabral, Dicionário de Camilo Castelo Branco, p. 111-112). Exemplar encadernado. Encadernação inteira de pele, não contemporânea. A encadernação foi feita em conjunto com cerca de 40 folhas em branco para dar consistência ao volume. Ligeiramente aparado. Miolo em bom estado de conservação. Ex-libris heráldico de Pedro Manuel Franco da Costa de Barros (Alvellos). Preço: 1200 euros. |
4 - Castelo Branco, Camilo – O CLERO E O SR. ALEXANDRE HERCULANO. Lisboa. Imprensa de Francisco Xavier de Sousa. 1850. 19 págs. 19cm E.
Quando Alexandre Herculano, na sua “História de Portugal”, retira a intervenção divina (o aparecimento de Cristo) da Batalha de Ourique, inicia-se uma nova batalha que, desta feita, opõe Herculano ao Clero e que, por sua vez, dá origem a uma nova guerra que ficaria conhecida como “Eu e o Clero”. Camilo entra em combate com este curioso e raro opúsculo, publicado anonimamente... Sólida encadernação não contemporânea, com a lombada e cantos em pele. Miolo em bom estado de conservação. Preço: 200 euros. |
|
5 - Herculano, Alexandre, – PORTUGALIAE MONUMENTA HISTORICA. Olisipone. Typis Academis. MDCCCLVI – MDCCCCXXXVI. 6 vol. 43 cm. E.
Obra monumental iniciada por Alexandre Herculano e continuada por João Pedro da Costa Basto, Sousa Monteiro, Braamcamp Freire, Pedro de Azevedo e António Baião. O exemplar aqui apresentado encontra-se encadernado em seis volumes, compreendendo os seguintes capítulos: - Leges (fasc. I a VI e Index), Scriptores (fasc. I a III), Diplomata e Chartae (fasc. I a IV) e Inquisitiones (fasc. I a VII). Encadernação inteira em pele. Lombadas ricamente decoradas com dourados. Miolo em geral bom estado, com a excepção de alguns restauros marginais no I volume e algumas manchas de água que não afectam o texto. VENDIDO. |
|
6- Braancamp Freire, Anselmo - ARMARIA PORTUGUESA. Lisboa, Archivo Historico Portuguez, 1908 -1921. 640 págs. 28cm. E.
É este espécime a primeira e mais completa edição desta conhecida obra, sendo, portanto, a variante mais rara que apresenta 640 páginas (a outra variante tem apenas 560 páginas). A primeira folha da obra (ver imagem) corresponde à folha de rosto, uma vez que nesta versão original a obra saiu sem folha de rosto e anterrosto. Esta primeira folha é uma nota explicativa sobre a obra, contendo também uma lista das abreviaturas usadas na obra. Encontra-se assim este exemplar completamente imaculado, sem qualquer tipo de acrescentos ou de modificações. Peça de colecção para genealogistas e bibliófilos. Exemplar encadernado. Encadernação em bom estado. Lombada ricamente decorada. Um pouco cansada na parte inferior. Miolo em bom estado. Miolo em excelente estado de conservação. VENDIDO. |
|
7- Mariz, António de (impressor) – “PSALTERIUM DAVID REGIS”, Coimbra, 1588. 279 f. [5]. 12 x 6cm. Encadernado.
António de Mariz, Impressor da Universidade de Coimbra (entre 1556 e 1599) foi também Impressor do Arcebispo de Braga, cidade onde teve casa impressora entre 1561 e 1569. De acordo com a bibliografia consultada, António de Mariz imprimiu ainda uma obra em Leiria (em 1575) e outra (datada de 1599) em Sernache dos Alhos onde Mariz se terá refugiado de um surto de peste que assolou Coimbra. Tendo tido uma produção tipográfica regular entre 1556 e 1599, António de Mariz pode ser considerado como um dos mais relevantes impressores portugueses da segunda metade do século XVI. Exemplar com falta da folha de rosto e dos fólios A1 e A3[1]. Pequenos restauros nos fólios C5 e C6. Restauro que afecta o texto na pg. 60. A página 91’ encontra-se aparada, afectando uma parte do título da respectiva página. Rasgão na margem inferior do fólio V2 sem afectar o texto. Outros pequenos defeitos. Pequenas picadas de insecto nos últimos fólios que não afectam o texto. O verso da última página do livro está preenchido com anotações manuscritas (a caligrafia parece ser do século XVI ou XVII), sem que a tinta afecte a última página, nomeadamente o cólofon. Miolo em bom estado de conservação. Encadernação antiga, talvez da época, com falta de fechos. Todas as edições conhecidas deste exemplar apresentam diversas falhas e defeitos. [1] As páginas em falta poderão ser reproduzidas em fac-símile. Preço: 400 euros. |
8 - Bernardes, Padre Manuel - OS ULTIMOS FINS// DO// HOMEM (...). Lisboa Occidental. Na Officina de Joseph Antonio da Sylva. 1728. 467 págs. 20,5cm. E.
São estes Ultimos Fins do Homem uma obra póstuma da autoria do Padre Manuel Bernardes (1644-1710), membro da Congregação do Oratório e celebrado autor da Nova Floresta (publicada em 5 volumes entre 1710 e 1728). Esta obra, escrita num aprimorado português, encontra-se dividida em duas partes. A primeira trata da "Singular providência de Deus na salvação das almas" e a segunda "Das causas gerais da perdição das almas ou estradas comuas do reino da morte eterna". Se na primeira parte vamos encontrar Manuel Bernardes mais debruçado sobre complexas questões teológicas, na segunda parte desta obra vamos encontrar um estilo mais próximo daquele que o celebrizou na Nova Floresta, trabalho em que seguindo a ordem alfabética Bernardes comenta cada um dos pecados e cada uma das virtudes. Aqui, na segunda parte de Os Ultimos Fins do Homem, Bernardes não adopta a mesma forma da Nova Floresta, mas bosqueja um conteúdo semelhante, como demonstra este excerto: "Na República mal regida, todas as varas de justiça ou serão torcidas ou podres, ou curtas: torcidas, se as verga a inclinação do afecto; podres, se as corrompe o interesse; curtas se as encolhe o respeito, de modo que não alcançam a ferir as cabeças altas". Exemplar encadernado, com encadernação inteira de pele. Miolo em bom estado. VENDIDO. |
9 - Santo António, Frei Manuel de -ESCUDO//BENEDICTINO//Em defesa dos injustos golpes//Da Crisis Doxologica, Apologetica e Jurídica (...). Salamanca. En la Officina de la Viuda de Antonio Ortiz Gallardo. 1736. XXXVI - 316 págs. 29cm. E.
Sobre esta obra diz-nos Innocêncio Francisco da Silva no V volume do seu Diccionario Bibliographico Portuguez (págs. 359-60): “A extensa e demorada controvérsia a que este livro diz respeito, suscitada, entre os monges benedictinos e jeronymos por motiva de precedências de lugar na procissão de Corpus Christi, e n'outros actos a que concorriam as ordens regulares deu azo a vários escriptos, com que uns e outros interessados pretenderam sustentar seu direito, levando aliás a causa aos tribunaes, onde nunca obteve resolução definitiva. Estes escriptos começaram por uma Crisis doxologica apologetica e jurídica de Fr. Manuel Baptista de Castro, em lingua castelhana; a que se seguiram suecessivamente em portuguez a Analysis benedictina de Fr. Manuel dos Sanctos; Notas da Aualysis por Fr. Jacinto de S. Miguel; Escudo beneditino por Fr. Manuel de Sancto Antonio; e (...) Carta-critica por Fr. Marcelliano d'Ascensão etc.” O seu autor, Frei Manuel de Santo António, monge Beneditino, nasceu em Lisboa no ano de 1676, tendo vivido em Coimbra, onde foi Lente de Teologia, reitor dos Colégios de S. Bento em Coimbra e Lisboa. Morreu em Coimbra em 1749. Exemplar encadernado. Encadernação inteira de pele, com algum desgaste na pasta anterior. Miolo em bom estado de conservação. VENDIDO. |
|
10 - [JESUÍTAS] - Tosetti, Urbano – REFLEXIONES/SOBRE EL MEMORIAL// PRESENTADO Á LA SANTIDAD// DE CLEMENTE XII.//POR EL GENERAL DE LOS JESUITAS. (...). Madrid. Joachim de Ibarra. 1768. 226 págs. 14,5cm. E.
- APENDICE// A LAS REFLEXIONES DEL PORTUGUÉS//SOBRE EL MEMORIAL DEL P. GENERAL//DE LOS JESUITAS (...). Madrid. Imprenta de Francisco Xavier Garcia 1768. 291 págs. 14,5cm. E - CONTINUACION// DEL APENDICE// A LAS REFLEXIONES DEL PORTUGUÉS (...). Madrid. En la Imprenta de Pantaleon Aznar. 1768 277-2 págs. 14,5cm E. Constituem estas REFLEXIONES, e os seus apêndices um interessante documento do ataque levado a cabo contra os Jesuítas na época pombalina. Contém referências ao atentado contra D. José, ao Padre Gabriel Malagrida e ao seu papel na alegada conspiração contra o Rei, a supostas heresias dos jesuítas na prática dos ritos religiosos na China e no Malabar, a interferências dos jesuítas na política e na vida civil (em diversos ofícios, nas diversas regiões do globo onde se encontravam), etc. Os três exemplares encontram-se encadernados conjuntamente. Encadernação em pergaminho, em bom estado. Miolo em bom estado de conservação. Pequenas falhas na junção da folha de rosto de REFLEXIONES com a encadernação, que não afecta o texto. Pequeno corte na folha de rosto do APENDICE que não impede a leitura do texto. Nota manuscrita (da época) no verso da folha de rosto deste volume. Os três livros apresentam uma impressão de boa qualidade, feita em bom papel. VENDIDO. |
11- Vieira, Padre António – ECCO//DAS//VOZES SAUDOSAS//FORMADO EM HUMA//CARTA APOLOGETICA//ESCRITA EM LINGUA CASTELHANA/PELO INSIGNE//PADRE ANTONIO VIEIRA. Lisboa. Na Officina Patriarcal de Francisco Luís Ameno. 1757. X-143 págs. 19,5cm. E.
Obra muito rara da autoria do Padre António Vieira. O prólogo, que ocupa três páginas, é escrito em português, sendo a restante obra redigida em castelhano. Na “Sebástica – bibliografia geral sobre D. Sebastião” (Coimbra, 2002) de Vitor Amaral Oliveira pode ler-se o seguinte sobre este livro: “Obra proibida e condenada à fogueira por decreto da Real Mesa Censória de 10 de Junho de 1768 e queimada a 14 do mesmo mês (...). Nesta obra “Vieira defende-se dos ataques contidos no panfleto de um religioso, escondido atrás do nome de Escoto Patavino. Os ataques visam sobretudo as proposições de Vieira a respeito do Quinto Império e das profecias de Bandarra, semelhantes às que tinham já sido condenadas pelo Santo Ofício” Exemplar encadernado. Encadernação inteira em pele. Miolo em bom estado de conservação. VENDIDO. |
|
12 - Almeida, Frei Christóvão de (tradução) -HISTORIA//DO//CAPUCHINHO// ESCOCES. Lisboa. Officina de Domingos Carneiro. 1667. VIII+266+III págs. 13,7cm. E.
É esta obra da autoria do Arcebispo de Fermo, Giovanni Battista Rinuccini, vertida para português pelo eurudito Frei Christóvão de Almeida, Religioso dos Ermitas de Santo Agostinho. Trata este pequeno livro das aventuras de Jorge, criança de nacionalidade escocesa, que "com o leite da mãe bebeu da seita de Calvino" e, ficando orfão de pai muito jovem, viu sua mãe contrair matrimónio com um poderoso barão local, sendo enviado para França com a idade de 8 anos, acabando por se converter ao catolicismo...Mais tarde regressa à sua terra natal para converter sua mãe e "um grande número de almas que por ignorância abraçavam a Heresia"... O livro apresenta um "Compendio da primeira parte (...)"da história que se estende por 60 páginas e, de seguida, a sua continuação, denominada "Segunda Parte", dividida no "Livro Primeiro" (págs. 60 a 106), "Livro Segundo" (págs 106 a 155), "Livro Terceiro" (págs. 155 a 204" e "Livro Quarto" (págs. 205 a 266). Apesar deste exemplar tratar da segunda parte da história, traz um resumo da primeira parte (impressa em 1641) pois, de acordo com Frei Christóvão de Almeida "d'essa primeira parte se imprimiram tão poucos exemplares que já se não podia achar um ao fim de dez anos". Exemplar encadernado. Encadernação do século XIX, com a lombada em pele. A parte cartonada encontra-se deteriorada. O miolo apresenta as primeiras páginas fragilizadas, com marcas de xilófagos no ante-rosto e no rosto, bem como com perdas de papel que não afectam a leitura nas páginas subsequentes. Restante miolo em bom estado. Apresenta um furo na página II das Licenças (final do volume). O papel da Segunda Parte está em bom estado. Os três exemplares desta obra existentes na Biblioteca Nacional de Portugal não são consultáveis e apresentam diversos defeitos Preço: 250 euros. |
|
13 - A Murphy, James - VOYAGE// EN//PORTUGAL//A TRAVERS LES PROVINCES//D'ENTRE-DOURO ET MINHO, DE BEIRA//D'ESTREMADURE ET D'ALENTEJU,//DANS LES ANNÉES 1789 ET 1790; (...). Paris. Chez Denné Jeune. 1797. II Volumes. XII + 218 págs e VII + 290 págs. 21cm. E.
Magnífica obra do arquitecto irlandês James Murphy, elaborada aquando da sua viagem a Portugal onde, com o patrocínio e ao serviço do aristocrata irlandês William Conyngham, se dedicou ao estudo e ao desenho do Mosteiro da Batalha. No seguimento dessa encomenda percorreu o país numa viagem que daria origem a este Voyage en Portugal, originalmente publicado em inglês. Tendo tanto de estudioso como de curioso - conditio sine qua non! -, Murphy não se limitou com esta obra a fazer a descrição e o levantamento de edifícios e de monumentos históricos. Se é certo que os descreveu (e desenhou), dando destaque às inscrições árabes, romanas e a outros apontamentos de interesse histórico, Murphy não descurou os aspectos mundanos da viagem, tendo incluído nesta obra uma gravura da dança do fandango, de um comerciante português, acompanhado pela sua mulher e pelo seu criado, entre outras... Voyage en Portugal está dividido, entre outros, nos seguintes capítulos: - La rivière de Douro - Oporto -Coimbre -Monastère Royal de Batalha -Leyria -Lisbonne - Mafra - Setubal - Beja - Evora Exemplar enriquecido com 23 estampas. A Planche 9 encontra-se invertida. Exemplar encadernado. Encadernação do primeiro volume com pequena falha na parte superior da lombada. Miolo em bom estado. Com ligeiro rasgão que não afecta o texto no canto inferior direito da página 135 do segundo volume. Obra impressa em papel de excelente qualidade. Raro. VENDIDO. |
|
14 - Pradt, M. de – L’EUROPE APRÉS LE CONGRÉS D’AIX LA CHAPELLE (...). Paris. Chez F. Béchet Ainé. 1819. XXVII - 378 págs. 19,5cm. E.
Obra da a autoria do clérigo e diplomata Dufour de Pradt em que abordado o panorama político europeu após o Congresso de Aix-La-Chapelle. Sobre o papel de Portugal e Espanha no contexto europeu, a que dedica um pequeno capítulo deste livro, diz-nos o autor o seguinte: “Les deux premiers caracteres généraux qui s’y font remarquer sont: 1º - L’excentricité géographique à l’orde politique continental. 2º - L’inutilité de ces (...) payz por le même ordre. (...) La politique européenne se fait e se fera à l’avenir dans le Nord et parmi les nations germaniques; l’Espagne ni le Portugal ne peuvent atteindre d’aucune manière.”. E sobre Portugal acrescenta: “On ne peut pas parler d’un pays dont l’état n’est point fixé, et tele st celui du Portugal. Il n’est pas destiné à rester tel qu’il est province d’un royaume américain (Brasil). Cela est contraire à la nature des choses (...)”. Exemplar encadernado. Encadernação inteira em pele em bom estado. Lombada ornamentada com bonitos motivos decorativos. Miolo em bom estado. Preço: 100 euros. |
|
15 - Palau y Verdera, Don Antonio – EXPLICACION// DE LA FILOSOFIA, Y FUNDAMENTOS BOTANICOS// DE LINNEO,// CON LA QUE SE ACLARAN// Y ENTIENDEN FACILMENTE// LAS INSTITUCIONES BOTANICAS DE TOURNEFORT. Madrid. Don Antonio de Sancha. 1778. XIV - 312 págs. 20cm. E.
Curioso trabalho em que o naturalista, médico e botânico Don Antonio Palau y Verdera (n. 1734 – m. 1793) explica e aplica o método de Lineu, adaptando-o e enriquecendo-o com as especificidades espanholas. Antonio Palau trabalhou vários anos no Real Jardin Botánico de Madrid onde, apesar de algumas resistências, conseguiu introduzir o método de Lineu. Este trabalho, pioneiro em Espanha (talvez o primeiro do género editado em castelhano), foi, por isso, muito apreciado na época e é ainda hoje alvo de cobiça de investigadores desta área do conhecimento bem como de coleccionadores e bibliófilos. Esta obra contém, para além de um glossário de botânica, nove lâminas com ilustrações bem executadas. Exemplar encadernado. Encadernação inteira de pele, algo cansada (com ligeira falha na parte superior da lombada e outros pequenos defeitos). Miolo em bom estado de conservação. VENDIDO. |
Todos os pedidos podem ser feitos para [email protected] ou através do número 919565452 (de segunda a sexta entre as 10h30 e as 20h30). Os livros podem ser consultados e levantados na loja, enviados à cobrança ou mediante pagamento para NIB a indicar no acto de encomenda. A todas as encomendas acrescem os portes de envio salvo indicação em contrário.
Worldwide shipping. Paypal, IBAN, etc accepted.
Grande parte das imagens foram adaptadas para corresponder à formatação da página.
Worldwide shipping. Paypal, IBAN, etc accepted.
Grande parte das imagens foram adaptadas para corresponder à formatação da página.