Brasil - Brasiliana
07.09.2022
Monumento a D. Pedro IV, I Imperador do Brasil (ver nº 4262)
Qualquer declaração de independência é antecedida e sucedida por fenómenos conjunturais e circunstanciais internos e externos que transcendem o momento em que a independência é decretada ou reconhecida. A construção da identidade de um povo (cultural, social, etc) só se materializa na liberdade ou autonomia dessa nação quando há um determinado contexto (político, militar, económico..), uma vontade e uma unidade que o permite. Por isso não é de estranhar que na obra mais relevante apresentada neste catálogo se encontrem estas linhas:
“Todos os Brasileiros querem incontestavelmente a independência da sua pátria, querem que ela seja regida por leis próprias, e defendida por eles. Tal deve ser o alvo essencial de todas as leis (…) de todas as acções dos Brasileiros. Se sobre outros pontos existem opiniões diferentes, as dissenções fiquem adiadas, e todos os filhos do Brasil reunidos em torno do seu Soberano apresentem a Europa o espectaculo de hum Povo digno de ter um bom Principe, e de um Imperador digno de ter um bom Povo” - O Império do Brasil Considerado nas suas relações políticas, e commerciaes... (1824)
Contudo, como já foi referido, a vontade e o contexto político precedem o aparecimento de uma nação quando – parafraseando José Mattoso – há um sentimento de colectividade humana (com tudo o que isso implica), ainda que este sentimento possa ser vivenciado pelos diversos indivíduos de forma diferente e até contraditória.
Neste catálogo iremos apresentar as poucas obras que de momento temos disponíveis relativas aos diversos aspectos que contribuíram para forjar a identidade brasileira, ao longo de um período cronológico relativamente alargado.
“Todos os Brasileiros querem incontestavelmente a independência da sua pátria, querem que ela seja regida por leis próprias, e defendida por eles. Tal deve ser o alvo essencial de todas as leis (…) de todas as acções dos Brasileiros. Se sobre outros pontos existem opiniões diferentes, as dissenções fiquem adiadas, e todos os filhos do Brasil reunidos em torno do seu Soberano apresentem a Europa o espectaculo de hum Povo digno de ter um bom Principe, e de um Imperador digno de ter um bom Povo” - O Império do Brasil Considerado nas suas relações políticas, e commerciaes... (1824)
Contudo, como já foi referido, a vontade e o contexto político precedem o aparecimento de uma nação quando – parafraseando José Mattoso – há um sentimento de colectividade humana (com tudo o que isso implica), ainda que este sentimento possa ser vivenciado pelos diversos indivíduos de forma diferente e até contraditória.
Neste catálogo iremos apresentar as poucas obras que de momento temos disponíveis relativas aos diversos aspectos que contribuíram para forjar a identidade brasileira, ao longo de um período cronológico relativamente alargado.
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4234 - Abreu, Casimiro J. M. de – AS PRIMAVERAS. SEGUNDA EDIÇÃO ACCRESCENTADA COM POESIAS INEDITAS DO AUTHOR O JUIZO CRITICO DE DIFFERENTES ESCRIPTORES E UM PROLOGO POR J.D. RAMALHO ORTIGÃO. Porto. 1866. LXXXVI – 232 págs. 19 cm. E.
Interessante edição de uma obra que reúne as principais poesias de Casimiro de Abreu (1839 - 1860), um dos grandes vultos do romantismo Brasileiro. Sobre “As Primaveras” diz-nos o seguinte Ramalho Ortigão: “O livro que deixou ahi está. É o poema d’uma existência baseado nos mais singelos elementos de poeseia: viver sofrendo, amar esperando e morrer sorrindo”. Ilustrado com um retrato do autor. Exemplar encadernado. Sólida encadernação com as lombadas e cantos em pele. Interior em bom estado geral de conservação. Preço: 80 euros. |
2328 - [200 ANOS DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL. PRIMEIRA "HISTÓRIA DO BRASIL" PUBLICADA APÓS A INDEPENDÊNCIA] – Beaumelle (Coronel) – O IMPERIO DO BRASIL, CONSIDERADO NAS SUAS RELAÇÕES POLÍTICAS, E COMMERCIAES, POR LA BEAUMELLE NOVAMENTE CORRECTO E ADDICIONADO PELO SEU AUTHOR, E TRADUZIDO POR HUM BRAZILEIRO, QUE O DEDICA E CONSAGRA AO MUITO ALTO, E INCOMPARAVEL SENHOR D. PEDRO Iº IMPERADOR CONSTITUCIONAL, E DEFENSOR PERPETUO DO BRASIL. Rio de Janeiro. Na Typographia de Plancher Impressor de Sua Majestade Imperial. 1824. 278 – [2] pp. 20, 3 x 12, 3 cm.B.
Primeira edição em língua portuguesa desta obra publicada originalmente por La Beaumelle em Paris no ano de 1823. De acordo com informações retiradas da “Bibliographia Braziliana” de Borba de Moraes (vol. 1 pp. 444), esta obra foi traduzida pelo Padre Luiz Gonçalves dos Santos em colaboração com o Padre Francisco de S. Carlos que a melhoraram, corrigiram e acrescentaram com autorização do autor. De acordo com a mesma fonte esta obra foi a segunda obra a ser impressa pela célebre casa Plancher do Rio de Janeiro, sendo que a primeira foi a Constituição do Império do Brasil. A acrescentar a estes dados que por si só revelam a importância do livro, supomos que “O Império do Brasil…” terá sido uma das primeiras Histórias do Brasil a ser impressa após a sua independência de Portugal. Aliás, de acordo com o trabalho da investigadora Lúcia Bastos Neves, este trabalho historiográfico “teria sido encomendado pelo poder oficial do Brasil, a fim de apressar o reconhecimento da independência do Brasil pelos países da Europa” (ver “O despertar da memória A Real Biblioteca e as primeiras obras de História do Brasil” pp. 93). Tal facto demonstra não só a enorme importância desta obra, mas também o seu significado político e simbólico. Borba de Moraes considera que a versão portuguesa da obra é mais difícil de encontrar do que a versão em francês. De facto, pelo que conseguimos apurar, a obra em português não terá sido vendida em leilões internacionais no século XX e XXI e só nos foi possível localizar 3 exemplares em bibliotecas públicas brasileiras (dois em São Paulo na USP, um deles na Biblioteca Brasiliana de Guta e José Mindlin e outro na Faculdade de Economia, no acervo Delfim Netto) e um outro na Coleção Varnhagen da Biblioteca do Itamaraty no Rio de Janeiro. Exemplar não encadernado. Apresenta com principais defeitos picos de traça na margem interior da folha de rosto, idem à cabeça e no pé das páginas. 41 a 62, rasgão sem afectar o texto na margem da página 41 e no pé das páginas 73/74. Algumas manchas de água (ténues) no canto inferior direito de certas páginas. Restante interior em bom estado geral de conservação. Obra extremamente rara. VENDIDO. |
4442 - Bessa, Carlos Gomes (Coronel) – RASGANDO OS SERTÕES BRASILEIROS. O COMEÇO DA AVENTURA. Lisboa. Ed. de Autor. 1981. 28 pp. 23, 5 cm x 16 cm. B.
Curioso trabalho do Coronel Carlos Gomes Bessa sobre as capitanias brasileiras, em que é dado ênfase à miscigenação, sendo contada a conhecida história de Caramuru e referidas as menos conhecidas vidas de António Rodrigues e de João Ramalho (homem que terá vivido isolado dos portugueses durante vários anos e que pretendia contrair matrimónio Bartira, mulher índia, filha de um chefe local, com quem já tinha vários filhos e de várias outras mulheres, tornando-se por isso um dos homens melhor aparentados e mais influentes da sua região). Ilustrado. Com uma dedicatória do autor. Exemplar não encadernado. Interior em bom estado de conservação. VENDIDO. |
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4263 - Campos, Joaquim Pinto de; O SENHOR D. PEDRO II IMPERADOR DO BRASIL. BIOGRAPHIA (COM O RETRATO DE S. M. IMPERIAL) E COM UMA ADVERTÊNCIA POR CAMILO CASTELO BRANCO. Porto. Typographia Pereira da Silva. 1871. VIII – 96 pp. 20, 5 cm x 13 cm. B.
Da “Advertência” da autoria de Camilo Castelo Branco retiramos estas linhas: “A biografia do Snr. D. Pedro II, trasladada n’este livro, é espripta por um dos mais insignes literatos do imperio brasileiro. Monsenhor Joaquim Pinto de Campos, n’este primoroso trabalho, revela dotes superiores de bem pensar, de bem escrever, e – o que mais realça – de manter a verdade histórica, a respeito de um principe vivo, sem incorrer, se quer, na venialiade da lisonja (…). Não sei que impressão deixará no animo do leitor a biografia de tão bondoso quanto ilustrado príncipe. Deve ser estranha, atenta a raridade dos vultos magestosos d’este porte que nos oferece a história contemporânea (…)”. Conserva a fotografia de D. Pedro II. Obra “rara e peça de colecção” quando completa (ver Carvalho, Miguel de – Descrição Bibliográfica Camiliana. Coimbra. 2003. pp. 113). Exemplar não encadernado. Com capas de brochura. Conserva a fotografia de D. Pedro II. Completo. Interior em bom estado geral de conservação. Com vários cadernos ainda por abrir. VENDIDO. |
4443 - Castro Alves, António Frederico de – A CACHOEIRA DE PAULO AFONSO – GONZAGA OU A REVOLUÇÃO DE MINAS. NOVA EDIÇÃO. Rio de Janeiro. H. Garnier Livreiro-Editor. [1888]. 352 pp. 18, 5 cm x 12 cm. B.
Duas obras de Castro Alves (1847 – 1871) reunidas num só volume. Castro Alves é considerado um dos grandes poetas e escritores do romantismo brasileiro. Este livro, inserido nas “Obras Completas de Castro Alves”, reúne um fragmento do poema antiesclavagista “A Cachoeira de Paulo Afonso” e o “Drama Histórico Brazileiro – Gonzaga ou a Revolução de Minas” sobre a Inconfidência Mineira na qual esteve envolvido o poeta e árcade Tomás António Gonzaga, julgado e condenado por um outro árcade (e amigo) António Diniz da Cruz e Silva (ver nº 4045 deste catálogo). O livro reúne alguns dos temas que ocupavam a literatura brasileira de então (e que ainda hoje são actuais): a busca da identidade nacional (presente em “Gonzaga…”) e a relação com o outro que, afinal, é também brasileiro de pleno direito (como é o caso dos negros, objecto do poema “A Cachoeira de Paulo Afonso”). É de notar que que José de Alencar, tendo criticado duramente a “Confederação dos Tamoyos” de Gonçalves de Magalhães, vê em “Gonzaga…” o “poderoso sentimento da nacionalidade” (o que afirma numa carta dirigida a Machado de Assis inserida neste livro) e desconhecemos críticas de Alencar às restantes obras de Castro Alves. É também ainda de acrescentar que a crítica contemporânea vê n’ “A Cachoeira de Paulo Afonso” (publicada originalmente em 1876) a “promoção dramática do cativo [onde] o amor de dois escravos é pintado com cores propositadamente trágicas para acentuar as iniquidades do regime servil” (ver “Pequeno Dicionário de Literatura Brasileira. Cultrix. S. Paulo. 1967 pp. 26 – 27). Na literatura a identidade brasileira não poderia ser construída ou ter as suas fundações na História de Portugal. Foi, portanto, um desafio para romantismo brasileiro, imbuído do espírito da época e da busca de um fundamento histórico para sua identidade, encontrar nas revoluções setecentistas, nos negros e nos índios os alicerces para uma nacionalidade que, como é sabido, também se fez com os portugueses, com os seus descendentes e com outros povos que ali se fixaram fundamentalmente do século XIX em diante…A forma como os românticos abordaram este passado histórico foi distinta e não esteve isenta de polémicas e dissensões (ver a este respeito ver Brito Broca, Românticos, Pré-Românticos, Ultra Romântico. São Paulo. Polis. 1979, “Nabuco contra Alencar” pp. 260 a 267). Curiosamente, talvez por ter morrido jovem, Castro Alves, apesar de nas suas obras tratar de temas complexos, parece ter saído praticamente incólume destas polémicas e – atrevo-me a dizê-lo – nesta matéria em particular poderá ter reunido um certo consenso pelo menos entre os seus pares (como se percebe das cartas de Machado de Assis e de Alencar presentes neste livro). Já na sociedade brasileira a recepção das suas obras deu origem a algumas polémicas… Exemplar não encadernado. Conserva as capas de brochura. Assinatura antiga de posse no canto superior direito da capa. Interior um pouco manuseado. Preço: 40 euros. |
4045 - Cruz e Silva, António Diniz da (Elpino Nonacriense) – ODES PINDARICAS POSTHUMAS DE ELPINO NONACRIENSE. Coimbra. Na Imprensa da Universidade. 1801. 258 pp. 13, 4 cm x 7,5 cm. E.
António Diniz da Cruz e Silva, o celebrado autor de “O Hyssope”, formou-se em Coimbra em 1747, seguindo a carreira da magistratura. Foi um dos fundadores da Arcádia Lusitana onde adoptou o nome de Elpino Nonacriense. Em 1776 foi nomeado Desembargador da Relação do Rio de Janeiro, onde passou a residir. Regressou a Portugal em 1789 onde assumiu o cargo de Juiz da Relação do Porto. Voltaria ao Brasil (onde ficaria até morrer) com a missão de julgar os revoltosos da “Inconfidência Mineira”. Morreu no Rio de Janeiro em 1799. “Na sua poesia está presente a ruptura com a estética barroca, dentro de um conceito aos modelos greco-latinos, mas mostra um nível restrito de creatividade, nunca ultrapassando os limites (…) da escola neoclássica” (ver Rocha de Almeida, Palmira Moraes de in Dicionario de Autores no Brasil Colonial pp.393-395). Estas “Odes Pindáricas” aqui apresentadas na sua edição original são um bom exemplo do arcadismo na vida de Cruz de Silva. Como é sabido as edições das “Odes” (e de grande parte das obras de Cruz e Silva) foram feitas já depois da sua morte, tendo por base manuscritos que deixou ou cópias que então circulavam. Exemplar encadernado. Encadernação inteira de pele. Lombada ricamente decorada. Interior em bom estado geral de conservação. VENDIDO |
3407 - Dias, António Gonçalves – POESIAS DE A. GONÇALVES DIAS. Rio de Janeiro [Paris Typographia Garnier Irmãos]. s.d. 2 Volumes. 348 pp.; 338 pp. 17, 5 cm. E.
Interessante edição desta colectânea de poesias do poeta brasileiro António Gonçalves Dias (1823 – 1864) “organizada e revista por J. Norberto de Souza Silva e precedida de uma notícia sobre o autor e suas obras pelo Conego Doutor Fernandes Pinheiro”. Gonçalves Dias é considerado um dos expoentes máximos do romantismo brasileiro e um dos percursores do nacionalismo brasileiro. Ilustrado com um retrato do autor. Exemplares encadernados. Encadernações editoriais em tela um pouco manchadas. Assinatura de posse na folha de rosto. Papel com alguma acidez. Preço: 25 euros. |
4262 - A D. PEDRO IV OS PORTUGUEZES – MEMORIA HISTORICA E ARTISTICA DO MONUMENTO INAUGURADO EM LISBOA A 29 DE ABRIL DE 1870 NA PRAÇA JÁ DENOMINADA DE D. PEDRO IV SEGUIDA DO PROGRAMA E AUTO DA INAUGURAÇÃO, DESCRIPÇÃO DOS FESTEJOS PUBLICOS E NOTICIAS DO DIA, DIGNAS DE MENÇÃO, QUE A IMPRENSA REGISTOU. Lisboa. Livraria de A.M. Pereira Editor. 1870. 40 pp. 22, 3 cm x 14, 5 cm. B.
Raro folheto em que é feita a descrição do monumento a D. Pedro IV e os festejos públicos que tiveram lugar na sua inauguração. A obra divide-se nos seguintes capítulos: I – Descrição do monumento II – Programa da Inauguração III – Acto solemne da inauguração IV – Descripção dos Festejos Ilustrado com uma litografia em que está representado o monumento. Exemplar não encadernado. Conserva as capas de brochura. Com falhas e defeitos na capa e na litografia (ver imagem). Interior manuseado e com alguma acidez. Raro. Preço: 38 euros. |
4444 - Duarte de Almeida, A. de - HISTORIA DO BRASIL. Lisboa. João Romano Torres & Ca. 1936. 292 – (6) pp. 19 cm x 12 cm. B.
“História do Brasil. Descoberta, Colonização Independência seguido de um documentário até à actualidade – 1500 – 1936”. Ilustrado. Exemplar não encadernado. Com um carimbo heráldico na folha de anterrosto. Interior em grande parte ainda por abrir. Preço: 15 euros. |
1313 – E. A. F. S. – ELEGIA NA SENTIDISSIMA, E NUNCA ASSAZ LAMENTADA MORTE DE SUA MAGESTADE IMPERIAL O SENHOR D. JOÃO VI. Lisboa. Na Impressão Imperial e Real. 1826. 7 pp. 19,7 cm x 14, 1 cm. B.
Poema publicado na altura da morte de D. João VI por Elias António da Fonseca (aqui assinando apenas como E.A.F.S.), poeta e romancista menor, autor de obras como “ Jaquelina ou a Baroneza de Veletri”, “Obras poéticas de Beliza”, entre outras. Exemplar não encadernado. Interior em bom estado geral de conservação. VENDIDO. |
4445 - Faria, Diamantino – IMPERADOR E JORNALISTA. Lisboa. Edições Orbis. 1972. 88 – (4) pp. 16 cm x 11 cm. B.
Curioso trabalho em que são referidas as colaborações de D. Pedro IV na imprensa vintista, por regra usando pseudónimos como “Piolho Viajante”, “Inimigo dos Marotos”, entre outros. Exemplar não encadernado. Interior em bom estado de conservação. VENDIDO. |
4265 - Faria, Marquez de – CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE D. PEDRO II – IMPERADOR DO BRAZIL – Nice. Imprimerie de L’Eclaireur de Nice, 1925. 11 pp. 23 cm x 14, 5 cm. B.
Pequeno opúsculo em que é traçado o perfil biográfico de D. Pedro II por ocasião do centenário do seu nascimento. O texto é da autoria de António de Portugal e Faria (1868 – 1937), 1º Marquês de Faria. No final da obra encontramos um poema de João de Deus dedicado a D. Pedro II. Com um retrato de D. Pedro II. Exemplar não encadernado. Manchado. VENDIDO. |
4446 - Freire de Carvalho, António (Cónego) – Á SAUDOSÍSSIMA MEMORIA DA SERENISSIMA PRINCEZA IMPERIAL SENHORA D. MARIA AMELIA. ELEGIA. [Rio de Janeiro?] Imprensa Nacional [1853?] 16 pp. 24 cm x 16 cm B.
Elegia do Conselheiro Cónego António Freire de Carvalho à memória de D. Maria Amélia de Bragança (1831 – 1853), filha de D. Pedro IV e de Amélia de Leuchtenberg. Muito embora a poesia seja assinada pelo Cónego Freire de Carvalho no final do volume, a folha de rosto aparece assinada por D. e O. “um mestre a quem o ceo roubou a sua adorada discípula”. Com uma dedicatória a Francisco de Castro Freire no pé da folha de rosto. Exemplar não encadernado. Conserva as capas de brochura. Interior em bom estado de conservação. VENDIDO. |
4258 - [MANUSCRITO. CORTE NO BRASIL. DUQUE DE CADAVAL]. 1808 (?). 29, 8 cm x 20,1 cm. B.
Cópia coeva de uma carta dirigida pelo príncipe regente D. João (futuro D. João VI) ao Duque de Cadaval, escrita no “Palácio do Rio de Janeiro em 21 de Dezembro de 1808”. Na missiva é feito um agradecimento ao seu “sobrinho e amigo” Duque de Cadaval pelo facto de o ter acompanhado para o Brasil, sendo-lhe feita mercê da “Gram Cruz da Ordem de Torre e Espada, com uma Commenda da mesma ordem”. Exemplar em bom estado geral de conservação. Preço: 40 euros. |
4447 - Mendonça, Marcos Carneiro de – RIOS GUAPORÉ E PARAGUAI PRIMEIRAS FRONTEIRAS DEFINITIVAS DO BRASIL. Rio de Janeiro. Biblioteca Reprográfica Xerox. 1985. 323 – (4) pp. 26, 5 cm x 21 cm. B.
Investigação em que é tratado o estabelecimento das primeiras fronteiras definitivas do Brasil através do estudo histórico de Marcos Mendonça ilustrasdo com um “Mapa dos Rios Guaporé e Paraguai” e com uma “Vista aérea da fortaleza Príncipe da Beira”. As últimas páginas são ocupadas por um apêndice documental em que são transcritas diversas cartas e ofícios relativas a esta matéria. Exemplar não encadernado. Capa com alguns vincos. Interior como novo. VENDIDO. |
4448 - Palha, Américo – GRANDES VULTOS DO BRASIL INDEPENDENTE. Rio de Janeiro. Tipo. Guanabara. 1940 [128] pp. 27 cm x 17, 3 cm. B.
Obra em que são reunidas as biografias de 60 personalidades brasileiras de diversas áreas. Cada biografia é acompanhada de um retrato do biografado da autoria de Wladomiro Gonçalves Cristino. Neste trabalho podemos encontrar as biografias de José Bonifácio, António Carlos, Francisco Manoel, Visconde de Cairu, D. Pedro II, Gonçalves Dias, Teofilo Otoni, Castro Alves, José de Alencar, Tobias Barreto, Santos Dumont, Silvio Romero, Olavo Bilac, entre outos. Exemplar não encadernado. Capa com alguma acidez (ver imagem). Interior em bom estado geral de conservação. Preço: 15 euros. |
1263 - Pereira, A. X. da Silva - O BRAZIL E O SOBERANO CONGRESSO (EPHEMERIDES HISTÓRICAS). Lisboa. Parceria Antonio Maria Pereira. 1900. 86 pp. 20 cm. B.
Obra em que Silva Pereira publica uma interessante recolha de efemérides relativas ao Brasil entre 1820 e 1825, um período fundamental para a história da Independência brasileira. Apresenta um quadro com a evolução da população do Brasil entre 1820 e 1900. Exemplar não encadernado. Com capas de brochura (com ligeiros defeitos - ver imagem).. Com rasgão na página de índice e outros pequenos defeitos. Vários cadernos como novos, por abrir. Preço: 25 euros. |
4449 - Pereira Coutinho, D. António – Xavier da Gama (Soydos) – D. PEDRO E D. MIGUEL NA GÉNESE DO SEU CILCO HISTÓRICO. CONFERÊNCIA. Porto. Diário do Porto. 1943. 24 cm x 17 cm. B.
Conferência em que o autor procura tratar o percurso histórico de D. Pedro e de D. Miguel fazendo o “enquadramento das suas sobras, ambas dolorosas, no vasto cenário da História (…)”. Pereira Coutinho afirma que, de formas diferentes, os liberais e os miguelistas procuravam combater o absolutismo (isto é, a concentração total do poder na figura do monarca). Depois desenvolve o seu raciocínio, teorizando sobre o papel dos reis, seguindo um pensamento tradicionalista usando algumas vezes a expressão “reajustamo-nos, portanto, dentro da tradição”. Exemplar não encadernado. Interior em bom estado geral de conservação. Preço: 9 euros. |
4450 - Peres, Damião – ESTUDOS DE HISTÓRIA LUSO-BRASILERIA. Lisboa. Academia Portuguesa da História. 1956. 152 pp. 26 cm x 19, 7 cm. B.
Estudos de Damião Peres (1889 – 1976) sobre a história Luso-Brasileira dividido nos seguintes capítulos: Antecedentes históricos da legislação concernente ao ouro do Brasil nos séculos XVI a XVIII; Um capítulo de história económica baiana e sua integração na vida politico-brasileira de setecentos: a exploração de salitre no monte alto; Considerações relativas a uma relíquia que se diz Anchietana. Exemplar não encadernado. Capa um pouco manchada. Interior em bom estado geral de conservação. Preço: 15 euros. |
4451 - Pinheiro Chagas, Manuel - BRAZILEIROS ILLUSTRES. Porto. Livraria Chardron. 1909. 134 pp. 20 cm x 13 cm. B.
Interessante trabalho em que Manuel Pinheiro Chagas traça o perfil de diversos “brazileiros illustres” de diversos períodos históricos. Nesta obra vamos encontrar as biografias do Capitão-Mor e Cavaleiro da Ordem de Cristo indígena Ararigboia, do Governador do Rio de Janeiro Salvador Correia de Sá, do Mestre de Campo Henrique Dias, de Frei José de Santa Rita Durão, Casimiro de Abreu (ver nº 4234 deste catálogo), Duque de Caxias, Visconde de Rio Branco, entre muitos outros. Quarta edição “revista e accrescentada” Exemplar não encadernado. Papel um pouco amarelecido. Interior em bom estado de conservação. Preço: 15 euros. |
4452 - QUESTÃO PORTUGUEZA TRADUZIDA DE UM JORNAL INGLEZ POR UM VERDADEIRO PATRIOTA. Lisboa. Na Typographia de Desiderio Marques Leão. 1827. 81 pp. 20 cm x 12 cm. B.
Opúsculo anónimo que “contém noticias interessantes e talvez ignoradas de muitos, com respeito ao andamento político dos negócios internos do paiz desde 1823 (ver Diccionario Bibliographico Portuguez Tomo XVII p. 27). Destas notícias merecem destaque as relativas ao Brasil, onde são referidos os acontecimentos ali vividos desde o estabelecimento da Corte no Rio de Janeiro até ao seu regresso a Portugal. Através da citação de documentos e periódicos coevos (como “O Padre Amaro”, “Gazeta de Lisboa” ou “Diario Fluminense”) o autor descreve os conturbados anos 20 do século XIX, dando algum ênfase à questão do Brasil e à sucessão da Coroa Portuguesa. Exemplar não encadernado. Manuseado. Com pequenas perdas e defeitos. Raro. Preço: 38 euros. |
4453 - Rua, José Martins – PEDREIDA. POEMA HERÓICO DA LIBERDADE PORTUGUEZA. Porto. Typographia Commercial Portuense. 1843. 226 pp. 19cm x 12 cm. E.
José Martins Rua viveu em Caminha e aí faleceu em 1868 (Inocêncio V, 64 e Brito Aranha XIII, 136). O autor do Diccionario Bibliographico – notando, embora, não serem os exemplares “fáceis de achar”- zurziu valentemente a produção, comparando-a a Lysia Restaurada, aparecida uns anos antes, em 36 e trazendo à colação outra crítica. À “Pedreida” se referira já, e também em tom acre, Gonçalves Dias, do outro lado no Atlântico, a propósito do Tomo I de !A Independência do Brasil”, de Teixeira e Sousa, publicada em 47 no Rio de Janeiro. É um encómio a D. Pedro, dos muitos que houve – erigindo-se em culto, embalado desde 36, em que tomaram parte dois dos Castilhos e, no ano anterior à “Pedreida”, Alves Martins, culto que se alongaria no tempo, com expressão visível na estatuária e na toponímia. Ao longo dos dez Cantos, vão sendo recapitulados factos do tempo do celebrado D. Pedro. Desde a Corte no Brasil, cuja independência celebra, vão passando as lutas entre liberais e legitimistas - com a emigração, Londres, Palmela, Palmerston, D. Miguel, o Porto (Santo Ovídio e Praça Nova), a Belfastada, o Conde de Basto, Foz e Gaia; Saldanha, Cadaval, Molelos; Cacela, Tavira, Faro e Lagos, Teles Jordão, Setúbal e Cacilhas, Lisboa, Cruz da Pedra, Campo Pequeno; Mac-Donnell… - até Évoramonte. Exemplar encadernado. Encadernação com a lombada em pele. Folha de rosto com pequenos defeitos (ver imagem). Interior com alguma acidez mas em bom estado geral de conservação. Preço: 40 euros. |
4454 - Sarmento, Olga de Moraes – LA PATRIE BRÉSILIENNE. Lisbonne. 1912. 59 pp. 22cm x 16 cm. B.
Conferência sobre o Brasil proferida em Paris por Olga de Moraes Sarmento (1881 – 1948) após uma viagem ao Brasil Exemplar não encadernado. Lombada com pequena perda à cabeça. Interior ainda por abrir. Preço: 15 euros. |
4455 - Silva, Luiz Moreira da – ORAÇÃO FUNEBRE NAS EXEQUIAS DE S.M.I O SENHOR D. PEDRO DE ALCANTARA BRAGANÇA E BOURBON. DUQUE DE BRAGANÇA E REGENTE DE PORTUGAL. Porto. Imprensa de Gandra & Filhos. 1835. 22 pp. 21, 5 cm x 14, 5 cm. B.
“Oração fúnebre recitada na Santa Casa da Misericórdia do Porto em 16 de Outubro de 1834 por Luiz Moreira da Silva, Vigário de Santa Eulália de Macieira de Sarnes e Vigário da Vara da Comarca da Feira”. Exemplar não encadernado. Muito manchado e manuseado. VENDIDO. |
3576 - [TRATADO. COMÉRCIO LIVRE. GUERRA PENINSULAR. REINO UNIDO. PORTUGAL. BRASIL] –
TRATADO DE COMMERCIO, E NAVEGAÇÃO ENTRE OS MUITO ALTOS E MUITO PODEROSOS SENHORES O PRINCIPE REGENTE DE PORTUGAL, E EL REI DO REINO UNIDO DA GRANDE BRETANHA E IRLANDA ASSINADO NO RIO DE JANEIRO PELOS PLENIPOTENCIARIOS DE HUMA E OUTRA CORTE EM 19 DE FEVEREIRO DE 1810 E RATIFICADO POR AMBAS. Lisboa. Na Impressão Regia. 1811. 33 pp. 28 cm. B. Importante tratado comercial celebrado entre Portugal e Inglaterra que muita influência viria a ter não só no Brasil, mas também na economia portuguesa. O Tratado não esteve isento de polémica uma vez que os comerciantes portugueses não viam com bons olhos o acesso dos brasileiros às mercadorias inglesas nem outras especificidades presentes neste tratado. Texto a duas colunas redigido em português e em inglês. Exemplar desencadernado. Em bom estado geral de conservação. Raro. Junto com - [TRATADO. CONVENÇÃO CIRCULAÇÃO DE PAQUETES. GUERRA PENINSULAR. REINO UNIDO. PORTUGAL. BRASIL] – CONVENÇÃO ENTRE OS MUITOS ALTOS E MUITOS PODEROSOS SENHORES O PRINCIPE REGENTE E REI DO REINO UNIDO DA GRANDE BRETANHA E IRLANDA SOBRE O ESTABELECIMENTO DOS PAQUETES. ASSINADA NO RIO DE JANEIRO PELOS PLENIPOTENCIARIOS DE HUMA E OUTRA CORTE…Lisboa. Na Impressão Regia. 1811. 8 pp. 28 cm. B. Convenção em que é determinada a circulação de paquetes, escalas (e duração das mesmas), residências de agentes, despachos de cartas e encomendas, etc. Em causa estava a circulação destas embarcações entre Inglaterra e o Brasil (Rio de Janeiro). Texto a duas colunas redigido em português e em inglês. Exemplar desencadernado. Em bom estado geral de conservação. Raro. Junto com - [DECRETO. Lisboa. Imprensa Regia. 1812] 1 fl. 21 cm x 19, 8 cm. B. Decreto relativo às prerrogativas dos navios construídos em Portugal relativas à possibilidade importação de certos produtos nos portos de Portugal, Brasil, Açores, Cabo Verde, etc . Exemplar desencadernado. Em bom estado geral de conservação. Junto com - [BRASIL.IMPRENSA RÉGIA. ALFANDEGAS. VINHOS, GÉNEROS]. ALVARÁ. Rio de Janeiro. Na Impressão Régia. 1818. 7 págs. 31 cm x 21, 5 cm. B. Alvará em que D. João VI legisla sobre a entra de diversos géneros nos portos do Brasil. No documento são referidos vinhos, aguardente, licores, azeite e carne seca. A penúltima página é uma “Tabella Dos Direitos que SUA MAGESTADE há por bem que se cobrem dos Vinhos, Licores, Azeites e Vinagres, assim Nacioanes como Estrangeiros, que derem entrada em qualquer das Alfândegas do Reino do Brazil (…)”. (ver Camargo, Ana Maria de Almeida; Moraes, Rubens Borba de – Bibliografia da Impressão Régia do Rio de Janeiro. Volume 2. P. 115 nº 263). Exemplar não encadernado. Um pouco sujo (ver imagem). Com alguns vincos e dobras mas em bom estado geral de conservação. Preço (do conjunto): 180 euros. |
4261 - Varnhagen, Francisco Adolfo de – HISTÓRIA GERAL DO BRASIL. São Paulo. Edições Melhoramentos. 1978. 5 Tomos em 3 Volumes. 403 – 363 pp.; 356 – 339 pp.; 314 – 365 pp. 23 cm x 16 cm. E.
Uma das mais importantes obras da historiografia brasileira, aqui apresentada na sua décima edição, organizada por ocasião do centenário do falecimento de Francisco Adolfo Varnhagen (1816 – 1878), 1º Visconde de Porto Seguro. Esta obra monumental dispensará grandes apresentações junto dos conhecedores da historiografia brasileira. Foi e estamos em crer que ainda é uma das obras de referência sobre a História do Brasil. Ainda assim, para aligeirar a descrição dar sabor ao catálogo, podemos citar uma curiosa apreciação que Oliveira Lima fez sobre este trabalho de Varnhagen, em que o classificou como “a peça de resistência da nossa refeição histórica, o assado gordo, sólido e apetitoso, na sua simplicidade à moda portuguesa, sem adubos nem temperos franceses, com molho leal e nenhum acompanhamento” (ver Brito Broca, Românticos, Pré-Românticos, Ultra Romântico. São Paulo. Polis. 1979 pp. 193). Exemplares encadernados. Encadernações em tela, com sobrecapas. Com carimbos da década de 80 da Univ. Livre. Interior em bom estado geral de conservação. Preço: 50 euros. |
4456 - Walton, Guilherme – A EXPEDIÇÃO DE DOM PEDRO OU A NEUTRALIDADE EM DISFARCE. Lisboa. Na Typ. de Jose Baptista Morando. 1832. 49 pp. 21 cm x 16 cm. B.
Supomos ser esta a terceira edição deste opúsculo traduzido por J. J. P. Lopes (ver Gonçalves Rodrigues “A Tradução em Portugal” I nº 4248) onde William Walton (natural de Liverpool, filho do cônsul de Espanha naquela cidade e familiarizado com a política Ibérica), crítica a política inglesa de apoio a D. Pedro. Ao longo do folheto Walton descreve a concentração de tropas e embarcações nos portos ingleses, apresenta uma relação de indivíduos, civis e militares, existentes em Plymouth, descreve as movimentações entre o Rio de Janeiro, Terceira e Inglaterra e fornece aos leitores outros dados interessantes sobre a situação política que então se vivia (nomeadamente o número de titulares que apoiavam os contendores). Neste testemunho Walton, que reconhece a legitimidade de D. Miguel, critica a Inglaterra pelo apoio dado a D. Pedro (que considera uma ilegalidade). Exemplar desconjuntado. Com carimbo e etiqueta na folha de rosto. Interior em razoável estado de conservação. VENDIDO. |
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