Livros do século XIX e XX.
2620 - Sterne, Laurence - A SENTIMENTAL JOURNEY TROUGH FRANCE AND ITALY: TO WICH ARE ADDED THE LETTERS TO ELIZA BY YORICK. Paris. Chez Crochart Et Cie. Libraires. 1838. 175 págs. 14, 7cm x 9,3 cm. B.
Interessante edição desta conhecida obra de Laurence Sterne (1713 – 1768) em que é narrada num estilo muito próprio (e que influenciou vários autores) a sua passagem por várias regiões de França. Com referências a Calais, Montreuil, Nampont, Amiens, Paris, Versailles, etc. No inicio da obra podemos encontrar uma curiosa descrição dos diversos tipos de viajantes… Esta edição impressa em França relata apenas a parte da obra referente a França, sendo portanto um resumo da edição original. Exemplar desencadernado com as primeiras folhas e segunda parte soltas (pelo que convirá encadernar). Interior em bom estado de conservação. Preço: 30 euros. |
2624 - Brisson, Pierre Raymond de – HISTÓRIA DO NAUFRAGIO, E CATIVEIRO DE MR. DE BRISSON, OFFICIAL DA ADMINISTRAÇÃO DAS COLÓNIAS FRANCESAS; COM A DESCRIPÇÃO DOS DESERTOS D’AFRICA DESDE O SENEGAL ATÉ MARROCOS: ESCRITA, E PUBLICADA POR ELE MESMO; E AGORA TRADUZIDA PARA PORTUGUÊS. SEGUNDA EDIÇÃO. Lisboa. Na Impressão Silviana. 1833. 265 – III págs. 13, 7 cm. E.
Segunda edição portuguesa deste interessante relato do naufrágio de Mr. De Brisson a bordo do navio “Santa Catharina” em 1785 que então se dirigia para a “Ilha de São Luiz no Senegal”. Ao longo do relato Brisson vai contando as peripécias e tormentas por que passou desde que entrou no barco até ao naufrágio propriamente dito e ao que depois se seguiu… Exemplar encadernado. Encadernação antiga inteira de pele. Folha de rosto solta mas completa e de fácil restauro e fixação ao volume (ver imagem). Interior com algumas manchas de humidade nos cantos mas em bom estado geral de conservação. Preço: 70 euros. |
1603 – Viale, António José – BOSQUEJO HISTORICO-POETICO DOS ACONTECIMENTOS MAIS IMPORTANTES OCCORRIDOS EM PORTUGAL ATÉ À MORTE DO SENHOR REI D. JOÃO VI. Lisboa. Typographia da Revista Universal. 1856. 94 págs. 17,2 cm.
Curiosa obre de António José Viale que a terá composto “para que estudantes de Humanidades para melhor gravarem na memória os principaes suecessos da historia pátria.”. Na folha de rosto pode ler-se a seguinte frase de Samuel Johnson “when truth is sufficient to fill the mind, fiction is worse than useless”. Exemplar não encadernado. Conserva as capas de brochura. Interior em muito bom estado de conservação, com grande parte dos cadernos por abrir. Pouco frequente. Preço: 25 euros. |
1138 – Oliveira, Joaquim Augusto de – REVISTA DE 1858. Lisboa. Typographia de Joaquim Germano de Sousa Neves. 1859. 72 págs. 16,5cm. B.
Uma das primeiras e mais importantes publicações dentro deste género, conforme se percebe da seguinte nota extraída de um texto do Professor Doutor Carlos Ceia: “Entre 1854 e 1870, sucederam-se inúmeras peças deste género que se representaram nos vários teatros de Lisboa. Contudo, três merecem referência especial: Fossilismo e Progresso, de Manuel Roussado (1856), A Revista de 1858, de Joaquim António de Oliveira, por Jorge Faria considerada a «revista-mãe» e Os Melhoramentos Materiais, de Andrade Ferreira (1860).” Exemplar com as capas de brochura. Com um carimbo na folha de rosto. Interior em bom estado geral de conservação. Temos conhecimento de apenas dois exemplares desta publicação, um na Biblioteca Nacional de Portugal e outro na Biblioteca da Fundação Calouste Gulbenkian. Pouco frequente. Preço: 40 euros. |
1024 - Amélia (Rainha D. Amélia de Orleães) – MES DESSINS. 2 volumes. Mes Endroits Préférés. Paris. Le Goupy Editeur. 1926. Art et Archeologie. Maggs Bros. 1928. 42,4cm.
Fabuloso e monumental trabalho da autoria da Rainha D. Amélia realizado para benefício da Assistência Nacional aos Tuberculosos, esta obra divide-se em duas partes distintas. A primeira parte, intitulada “Mes Endroits Préférés”, é composta por 119 desenhos acompanhados de textos de grandes escritores portugueses e estrangeiros (Camões, Gil Vicente, Dante, Victor Hugo, entre outros). A segunda parte, intitulada “Arte et Archeologie” é composta por 100 desenhos que representam alguns dos mais relevantes monumentos, obras de arte e objectos artísticos ou arqueológicos portugueses (os desenhos representam peças ou locais de várias cidades do país, como Lisboa, Guimarães, Porto, Braga, Coimbra, Évora, etc). Edição limitada. O primeiro volume é o nº XXII de uma tiragem de 250 exempalres. O II tem o número 25 de uma tiragem de 350 exemplares. Ambos os volumes conservam as encadernações editoriais. Perda de um dos fechos em ambas as encadernações. Alguma acidez e marcas nas primeiras folhas de ambos os volumes. Restante miolo em geral bom estado. VENDIDO. |
692 - Castelo Branco, Camilo – O CALECHE. FOLHETIM ESCRIPTO PELO SNR. CAMILO CASTELO BRANCO, PUBLICADO NO NACIONAL DE 19 DE DEZEMBRO. Porto. Typ. de J. Lourenço de Sousa-. 1849. 15- I págs. 19.5cm. E.
Rara e pequena brochura, aglutinação anunciada de dois artigos, ambos dos finais de 49: um, publicado em "A Nação", que pedia a demissão de Costa Cabral, Conde de Tomar desde 1845, “por dar uma comenda por um caleche”, e outro, folhetim de Camilo, "O último ano de um valido", continuação (ou sub-título) de "Fragmento de um drama do futuro", de "O Nacional". A edição, e talvez a iniciativa, terá sido de Gonçalves Basto, amigo de Camilo, que era o proprietário do referido "O Nacional", acérrimo opositor do cabralismo, pelo que o dito jornal fora assaltado (Alexandre Cabral, Dicionário de Camilo Castelo Branco, p. 111-112) Costa Cabral voltara do exílio no ano anterior e encontrara forte oposição em jornais, que tentou silenciar, e por muito variadas espécies, de entre as quais, para continuarmos na área camiliana, Costa Cabral em relevo, de D. João de Azevedo, “objurgatória fulminante“, disse Camilo, que também o viu “de vasto engenho e absoluta carência de juízo”, talento difuso que se exauriu na política, nas letras e na paixão amorosa. Exemplar encadernado. Encadernação inteira de pele, não contemporânea. A encadernação foi feita em conjunto com cerca de 40 folhas em branco para dar consistência ao volume. Ligeiramente aparado. Miolo em bom estado de conservação. Ex-libris heráldico de Pedro Manuel Franco da Costa de Barros (Alvellos). Preço: 1200 euros. |
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231 – Silva, Luiz Augusto Rebello da – HISTÓRIA DE PORTUGAL. 1860 – 1871. 5 volumes. 565 págs; 661 págs; 559 págs; 660 págs; 614 págs. 21cm. E.
Importante trabalho historiográfico que trata a História de Portugal entre os séculos XVII e XVIII, nas sua vertente politica e social (ver nº…….)O seu autor, Luís Augusto Rebello da Silva, foi homem dotado e multifacetado que destacou na política e na literatura, sendo bastante considerado pelos seus pares num e noutro campo. Como escritor foi um dos mais prolíficos autores do seu tempo, tendo publicado diversos artigos, romances, e diversas obras académicas, das quais podemos destacar os seus relevantes trabalhos sobre a história da literatura portuguesa e esta “Históra de Portugal”. O exemplar aqui apresentado tem a particularidade de estar assinado pelo antigo Ministro do Reino e notável político de final do século XX/início do século XX João Ferreira Franco Pinto Castelo Branco (João Franco), que o adquiriu enquanto estudante em Coimbra no ano de 1874. Exemplares encadernados. Encadernações recentes em sintética e cartão marmoreado. Interior em excelente estado de conservação. VENDIDO. |
2328 - [BRASIL] - Beaumelle, V. Angliviel de La – O IMPERIO DO BRASIL, CONSIDERADO NAS SUAS RELAÇÕES POLÍTICAS, E COMMERCIAES, POR LA BEAUMELLE NOVAMENTE CORRECTO E ADDICIONADO PELO SEU AUTHOR, E TRADUZIDO POR HUM BRAZILEIRO, QUE O DEDICA E CONSAGRA AO MUITO ALTO, E INCOMPARAVEL SENHOR D. PEDRO Iº IMPERADOR CONSTITUCIONAL, E DEFENSOR PERPETUO DO BRASIL. Rio de Janeiro. Na Typographia de Plancher Impressor de Sua Majestade Imperial. 1824. 278, (1) págs. 20, 3 x 12, 3 cm.B.
Primeira edição em língua portuguesa desta obra publicada originalmente por La Beaumelle em Paris no ano de 1823. De acordo com informações retiradas da “Bibliographia Braziliana” de Borba de Moraes (vol. 1 pp. 444), esta obra foi traduzida pelo Padre Luiz Gonçalves dos Santos em colaboração com o Padre Francisco de S. Carlos que a melhoraram, corrigiram e acrescentaram com autorização do autor. De acordo com a mesma fonte esta obra foi a segunda obra a ser impressa pela casa célebre casa Plancher do Rio de Janeiro, sendo que a primeira foi a Constituição do Império do Brasil. A acrescentar a estes dados que por si só revelam a importância do livro, supomos que “O Império do Brasil…” terá sido uma das primeiras Histórias do Brasil a ser impressa após a sua independência de Portugal. Aliás, de acordo com o trabalho da investigadora Lúcia Bastos, este trabalho historiográfico “teria sido encomendado pelo poder oficial do Brasil, a fim de apressar o reconhecimento da independência do Brasil pelos países da Europa” (pág. 93). Tal facto demonstra não só a enorme importância desta obra, mas também o seu significado político e simbólico. Borba de Moraes considera que a versão portuguesa da obra é mais difícil de encontrar do que a versão em francês. De facto, do que conseguimos apurar a obra em português não terá sido vendida em leilões internacionais no século XX e XXI e só nos foi possível localizar 3 exemplares em bibliotecas públicas brasileiras (dois em São Paulo na USP, um deles na Biblioteca Brasiliana de Guta e José Mindlin e outro na Faculdade de Economia, no acervo Delfim Netto) e um outro na Coleção Varnhagen da Biblioteca do Itamaraty no Rio de Janeiro. Exemplar não encadernado. Apresenta com principais defeitos picos de traça na margem interior da folha de rosto (ver imagem), idem à cabeça e no pé das págs. 41 a 62, rasgão sem afectar o texto na margem da página 41 e no pé das páginas 73/74. Algumas manchas de água (ténues) no canto inferior direito de certas páginas. Restante interior em bom estado geral de conservação. Obra extremamente rara. Preço: 1500 euros. |
1322 – Campos, Francisco António de (traducção); Apuleius, Lucius – APOLOGIA D’APPULEIO. Lisboa. Typographia da Sociedade Typographica Franco-Portugueza. 1859. 82 págs. 20, 5cm. B.
Tradução desta importante obra clássica por Francisco António de Campos, 1º Barão de Vila Nova de Foz Coa, notável político e comerciante que se destacou por ter sido Secretário de Estado dos Negócios da Fazenda, por ter presidido à Câmara Municipal de Lisboa (1834) e por ter sido fundador e primeiro Presidente da Associação Mercantil de Lisboa (mais tarde Associação Comercial). A obra em si trata da defesa de Lucius Apuleius Madaurensis contra as acusações de magia que lhe foram feitas aquando do seu casamento com uma rica viúva por familiares desta, que o acusavam de ter recorrido às artes mágicas para cativar a sua futura mulher. Apuleius destacou-se ainda por ter escrito o romance “Asinus Aureus”, uma história em que, por magia (e por engano), jovem se transforma num burro… Exemplar em muito bom estado de conservação. Preço: 50 euros. |
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